Finalmente vamos de Eva e Llilica, agora é o momento da Fifork se vingar né?
stop thinking it's a phase - Abrimos o álbum com um pedido de aceitação, com um pedido para sua família não te abandonar e achar que isso é só uma fase e você vai se curar mas não, esse é você! No último verso você deixa bem claro que vai recomeçar mas que só queria recomeçar com o apoio da sua família também.
church - A intro foda! Ao som de um instrumental que eu gosto muito no off. Essa intro mostra crianças sendo influenciadas por pensamentos e ensinamentos que a igreja traz para cada uma delas e ela complementa muito oq está por vir na próxima faixa.
Forgiveness Song - CARALHO QUE MÚSICA FODA! Por enquanto é minha música favorita do álbum, aqui vemos você se abrindo e se libertando. Isso não é uma canção de desculpas, é uma canção de libertação e que ninguém poderá te julgar, apenas Deus. Isso tem que ser single urgentemente.
allow to eco - Minha canções favoritas em off em sequência, surtandoooo. Cara, essa música é muito forte tanto no instrumental e quanto liricamente, não devemos deixar nenhuma voz ecoar em nossa cabeça pedindo nossa redenção e dizendo que estamos erradas, nós devemos seguir a nossa própria voz! Minha mensagem vai ecoar porra!!! Faça isso de single logo Samantha, não faça a burrada de jogar essa oportunidade fora.
burn in hell - Esse instrumental é muito lindo, eu fico vidrado nessa orquestra maravilhosa e até me perco. Essa letra é muito linda também, uma das mais fortes do álbum e vemos que você está pedindo para que sua alma não queime no inferno, já que você está abandonando seus conceitos e ideias do passado. No fim dessa música vemos você se descobrindo também, é algo como uma auto-descoberta ao decorrer da música e no fim você declara que não precisa se reprimir e nem temer por algo e por ninguém.
please, aceppt me - E vamos de mais músicas fortes e emocionantes. Essa com certeza é uma das melhores do álbum né? Você pede para que te aceitem da forma que você é, você tinha medo de se abrir mas esperava que no fim eles conseguiriam entender e te amar do jeito que sempre te amaram. Você pede que eles te aceitem e também mudem a forma que eles pensam e agem, por você! É uma música muito linda, talvez a mais linda do álbum e entendo toda a aclamação, era algo que estava preso dentro de você há muito tempo. A melhor faixa do álbum para mim até aqui.
letters to mom and dad - Essa música é uma daquelas que toca você no off e nesse álbum não é diferente....
Essa música é totalmente declarada para seu pai e sua mãe, no primeiro verso vemos vocês se questionando se seria tudo diferente se ele não estivesse se afastado de você e sua família. No segundo verso vemos você ainda amando sua mãe, mesmo depois dela não se permitir te aceitar e também te deixar para trás. Aqui vemos que apesar de toda a dor, você sempre os amará e se algum dia eles te procurarem você sempre dará uma nova chance para eles acima de tudo. Essa música me deixou bem gatilhado de verdade, é algo tão pessoal e ao mesmo tempo tão aberto já que muitas pessoas passaram e ainda passam por isso.
Clergy - E vamos de clero abrindo a Lilica e falando de como a igreja deixou sua mente tão destruída e acabada.
god bless - Essa música é tudo!!!! Quando eu li essa música pela primeira vez, reli ela umas 2 vezes por motivos de que sou meio burra né mas depois aclamei demais. Essa música fala sobre toda sua passagem, sua dor e também como você ficou forte pós isso e está pronta para uma nova jornada, para novos jardins e sério, fez a escolha certa em ter lançado essa faixa como um dos leads.
Liliquinha amiga, quanto tempo que eu não te vejo.....
love with the devil - Essa música é genial, eu amo o fato de como você se refere a si mesma e também a Lilith, aqui vemos uma Samantha mais poderosa e também fria. Eles podem até ter vergonha mas ninguém poderá lhe segurar, ela não irá se submeter e nunca se calar diante acusações dos outros e principalmente, ninguém vai impor nada a ela. Eu amo essa música, eu conheço pouco da sua carreira mas posso dizer que é uma das melhores dela.
7 feets - A sequência de hits, amoooooo!!
Essa música é o melhor desse single dessa era, eu sinto toda a dor e a fúria quando ouço essa música. Lendo a letra nós vemos você dizendo novamente que não está aqui para se submeter e sim eu vejo essa música como um relacionamento tóxico, mas é um relacionamento onde você começa a perceber que a errada dessa história não é você. Essa é você e podem até tentar mas nunca vão conseguir mudar sua essência para agradar outra pessoa. Continua muito bem o álbum.
persephone - Só instrumentais no ponto, né? Essa letra é muito bonita e bem trabalhada, você traz ótimas metáforas e retrata bem um relacionamento abusivo fazendo referência a deusa perséfone, apesar de todos os pesares você ainda acredita e espera uma luz no fim do túnel que possa te libertar dessa relação tão tóxica.
worn wigs - Esse instrumental eu confesso que não esperava, essa parte country do álbum me chocou bastante e foi até que um choque positivo. Aqui vemos uma canção de esperança que condiz muito com a última faixa, você mesmo com todas as quedas está pronta para se levantar, reerguer e mudar como pessoa. Você não precisa depender de ninguém, a mudança vem apenas de você. Voltando sobre o instrumental, foi um ótimo acerto mas foi um arrisco jogar esse country pós faixas tão pesadas em questão de produção.
emancipation - Eu nem li a letra mas já sei o potencial de isso ser um enorme hit, então trabalhe bem nisto. Aqui vemos você se emancipando totalmente como Harley se emancipou em Birds Of Prey e puts: essa é talvez a faixa mais impactante do álbum! Você se liberta e abandona todo os vestígios de um relacionamento tão tóxico que você viveu e agora você é livre, está liberta e ele? que sofra o karma após de te fazer tanto sofrer.
Sane - Mais uma produção arriscada! Essa produção me lembrou muito o eve pela r&b entregue nas primeiras faixas mas essa letra mostra mais da nossa querida lilith. Após a libertação você reflete sobre toda a sua vida e história com aquela pessoa, como você era alguém submissa e tinha medo de se impor aos desejos daquele cara e como isso te deixou totalmente destabilizada emocionalmente, um caso muito comum em relacionamentos abusivos. Próximo single, por favor.
selfhunter - Ainda bem que você usou essa música. Acho que essa faixa fala sobre a pressão que você teve e sempre tem de entregar trabalhos perfeitos e também sobre certos julgamentos por acharem que por você ser talentosa, seu ego pode ser enorme também. Agora vemos você buscando uma nova perspectiva de sua carreira e também de ser humano, é uma ótima faixa e combina muito com o conceito do álbum já que você traz ótimas referências religiosas e inteligentes que se encaixam com a música. Outro single também.
grave - O HINO MEU DEUSSSSSSSSSSSSSSSSSS.
Você se emancipou e agora é a rainha da porra toda, aqui vemos todo o seu poder nessa faixa que tem um instrumental belíssimo e a composição disso foi algo muito bem feito. Aqui também você desconta toda a sua fúria e após acabarem com a sua sanidade, quem está se fudendo é ela. Nem preciso dizer que precisa ser single né?
Samantha do céu, você conseguiu trazer um álbum totalmente incrível com algo bem idealizado e executado, sério! O trabalho lírico nesse álbum foi algo que me chocou, você evolui a cada trabalho e aqui não é diferente porque você joga todos os seus sentimentos de tristeza, fúria, percas e também reviravoltas positivas em sua vida com faixas totalmente incríveis e bem produzidas. Falando em bem produzidas, as produções de todas as músicas são impecáveis já que você traz uma grande experiência sonora para ouvirmos do início ao fim, com bastante coesão e com a minha aclamação. Esse álbum merece muito estar indicado em AOTY e sem dúvidas é um dos fortes concorrentes a levar, parabéns Sam e Paul por trabalharem juntos em um projeto único aqui no game.
Samantha, finalmente cheguei para comentar seu tão aclamado álbum. Primeiro, que site lindo, amiga. Toda a forma como ele foi organizado, o esquema de cores das capas, casando com o background principal do site, tudo muito bem pensado para ficar marcado antes mesmo de dar play no álbum. Adorei e me deixou mais ancioso ainda para conhecer a parte principal dele, que são as músicas. A explicação que é dada logo de início no site, situa o ouvinte de forma extremamente maestral. Esse lance de dividir os players dos álbuns e inverter as cores (preto para eve e branco para lilith) é algo que nos deixa confuso de uma forma extremamente inteligente. Vamos às faixas:
Eu já comecei querendo fechar tudo e parar de comentar pq stop thinking is a phase mexeu muito comigo emocionalmente. Eu senti a verdade de cada linha escrita, eu vi seu filme, nosso filme, passando na minha mente enquanto eu lia e o instrumental inundava meus ouvidos. Espero chegar ao final do álbum em plena consciência, amiga.
forgiveness song é uma canção extremamente forte e que deixa sua mensagem muito clara. O instrumental faz um belo trabalho acompanhando a canção. A voz das crianças deu um tom mais místico para a música e para toda a mensagem que a mesma passa. Os vocais fortes combinam com o sentimento que a canção expressa em sua letra.
A qualidade da mensagem e das canções em si continua sendo mantida em allow to eco. Vc e Clara juntas fizeram uma canção ótima, mostrando força feminina e uma mensagem de autoaceitação que precisava ser dita, de forma clara, como foi feito aqui. É perceptível na voz das duas que a dor que cantam é algo real, ou pelo menos foi.
burn in hell é outra canção extremamente forte, com uma mensagem extremamente objetiva e vocais bem mais elaborados que os iniciais, embora todos estejam bem lindos. Vemos aqui as primeiras influências de rock que teremos no resto do álbum, ao meu ver. É um instrumental que logo cedo deixa sua marca e é mantido com maestria por vc.
please, accept me é a faixa mais forte do álbum até agora, a mais emocionante, a que eu comentei chorando escondido. É incrível como esse jogo mexe com a gente emocionalmente. Estava lendo PAM e fui transportado para momentos de minha própria vida, onde os versos da música aconteceram comigo e eu senti que eu poderia escrever essa canção com vc, mas não tão bem quanto vc, narrando o que vc passou/passa. A confusão consigo mesma retratada na música e que podemos encontrar na vida de muitos de nós, é um fator que faz com que nos conectemos bastante com a faixa, de forma bem celestial mesmo, como se após o fim dela todo o mundo se transformasse em um lugar de aceitação e amor puro, incondicional. Muito obrigado por essa faixa, Sam/Jus, ela é extremamente necessária dentro do jogo e em minha vida em off.
clergy é um interlúdio muito bem situado dentro do álbum e mostra de forma bastante direta a mensagem que quer passar. Os vocais são o ponto chave dessa canção.
Apesar de a mensagem de god bless ser completamente condizente com a proposta da história contada em eve, acredito que o instrumental ficou um pouco deslocado no meio do resto do conjunto da obra. A letra em si já traz um pouco do que foi prometido para o lilith e talvez por isso tenha sido colocada nessa posição no álbum, se foi, parabéns pela percepção, ficou ótima.
lilith começa com a poderosíssima love with the devil, que dá um panorama imenso do que vamos encontrar por aqui, ao meu ver. A mensagem é bastante clara, as palavras extremamente bem colocadas e toda a força depositada no instrumental faz dela uma das obras primas do álbum, atrás apenas de please, accept me.
Em 7feets vc e Paul fazem um trabalho fantástico de interpretação da mensagem que a música passa. As duas vozes se casam de uma forma linda, como se tivessem sido feitas para estar juntas e nessa canção em específico. Adorei as metáforas que trouxeram na letra, assim também como as frases mais diretas. Paul já faz um personagem em seus trabalhos e acho que ele abrilhantou muito o seu álbum trazendo o personagem pra cá.
A mensagem de volta por cima, de comando e de controle da situação que persephone traz é extremamente necessária e coesa com o que o álbum vem tratando até agora. Vc abusa de vocais bem elaborados e lindos para passar uma mensagem de poder feminino, de não-dominação e de superação de adversidades.
A sonoridade de worn wings é algo que eu esperaria ouvir no eve. Acredito que os comentários que vi no grupo antes de vir, de fato, comentar o álbum, me fizeram segmentar bastante os dois e não esperar algo de um no outro. Não sei se isso é bom. Mas a mensagem é super necessária e cantada de uma forma linda. O fato de eu achar que a sonoridade se encaixaria melhor no eve nãoq uer dizer que é ruim, nem de longe, eu amei essa.
emancipation é uma faixa extremamente necessária e acredito, também, que muito bem colocada aqui. A melodia é uma delícia, taz a identidade sonora desta parte do álbum e a mensagem bem clara de libertação dá continuidade a toda uma história que foi contada anteriormente.
Essa sensação de liberdade vista em sane já foi vista em outras faixas do álbum mas não fica cansativa e nem repetitiva aqui. É bastante interessante que vc saiba fazer esse movimento de escrita. O instrumental abrange a música de uma forma bastante completa, aproveitando o espaço dos vocais de destacando.
selfhunter começa a arrematar a mensagem contida em todo o álbum, mostrando que a personagem encarnada por Samantha já está confiante o bastante para deixar essa mensagem de confiança para os ouvintes. A composição ficou muito boa com esse time de peso por trás.
grave é o último grito de poder do álbum e encerra ele dentro da vibe proposta, de forma muito inteligente e com uma composição bem mais livre e desprendida que as outras.
Sam, num geral, eu amei o seu álbum e achei que vc fez e continua fazendo um trabalho extremamente memorável, que vai deixar esta era em nossas mentes e corações. Não esquecerei jamais de PAM, que, disparada, é a melhor do álbum para mim. Teci elogios no começo e também estou tecendo no final pq vc merece muito. Ah, e me desculpa por não ter comentado letter to mom and dad, eu simplesmente não conseguiria mesmo.
stop thinking it's a phase é um ótimo começo pro álbum, com essa pegada mais acústica e transparente, dando um tom bastante melancólico a composição que traz em si uma honestidade enorme em relação aos sentimentos da Sam. forgiveness song é excelente, a composição é muito bem estruturada e a introdução caiu muito bem também com as crianças. Aqui já conseguimos entender um pouco melhor a narrativa que você está trazendo pro disco, e a entrega de vocais está no ponto. allow to eco seguimos com uma sonoridade bastante coesa, e as letras se complementando como passos durante essa busca pela liberdade como você comentou na introdução. O ponto alto de allow to eco pra mim é pré-refrão, acho que é a parte mais forte da composição e a que conversa diretamente com quem está ouvindo. A participação da Clara foi bastante interessante pra música e os vocais casaram muito bem. burn in hell o instrumental é um dos meus favoritos sem dúvidas, a produção aqui é impecável. Ele soa um pouco deslocado em alguns aspectos, mas entendo a escolha perfeitamente. Eu esperava algo diferente da composição, talvez pelo verso que mais me chamou a atenção em allow to eco, mas mesmo assim é uma composição bastante forte, principalmente quando combinada a estes vocais. please, accept me acho que estamos no ponto alto do disco aqui. A composição dessa música consegue fazer a gente imergir na sua história de uma forma muito envolvente, você consegue sentir o struggle quando diz que está pedindo pra ser aceita, mas também pede pra que haja a mudança. O instrumental é maravilhoso, e os vocais não ficam pra trás. letter to mom and dad é uma das composições mais lindas que eu já li aqui, de verdade. É sincera, honesta, e os vocais carregam a emoção que você traz nessa conversa com seus pais, eu achei simplesmente incrível. clergy é uma interlude bastante forte, e ela precede uma das suas faixas mais icônicas, que é god bless. GB traz a melhor composição da primeira parte deste disco, isso posso te dizer com muita tranquilidade. Acho que tendo como base o que você trouxe nas faixas anteriores, aqui você está se libertando de fato e abraçando quem você é, na tentativa de mostrar a quem ainda sofre se reprimindo que este não é o caminho mais saudável.
Em geral o Eve é um album coeso, bastante emocional, vulnerável, e traz muito do seu coração o que é bem perceptível. As faixas estão bem escritas, e em relação a produção, acho que a única coisa que eu mudaria seria a ordem de algumas músicas. Acho que burn in hell cairia muito bem entre please e letter sonoramente falando, claro que tendo em mente que você pensou nas composições como um todo isso talvez afetaria as letras.
love with the devil é uma faixa bem controversa sobre aceitação, mas é basicamente uma metáfora do que muitas pessoas LGBT vivem em relação a quem são e a base familiar fundamentada na igreja católica. Eu adoro essa faixa, e fico feliz pelo sucesso dela! 7 feets é um xodó né, eu adoro essa colaboração entre você e o Paulinho, adoro o instrumental da faixa, os vocais, o final é simplesmente de arrepiar até a espinha, e a composição fala sobre ser fiel e honesta a quem você é de verdade, e aceitar as consequências disso visto que infelizmente vivemos em uma sociedade que condena e julga. persephone tem uma composição bastante forte também, o que eu gosto da letra é que mesmo você trazendo referências de perséfone, ela fácilmente se encaixaria como lilith também, visto que você deixa claro que já que está presa no inferno, vai governá-lo como quem diz: já que tem que fazer, vamos fazer direito então! Eu entendi o que você quis dizer, mas também captei uma vibe de fazer liberdade da sua própria prisão? worn wings é a mais gostosinha desse projeto no quesito produção, eu adoro como a letra e o instrumental conversam e a forma como você utiliza os vocais pra dar vida a ela visto que o instrumental é basicamente o violão. A composição é bastante tocante também, mostra a sua força mas também o desgaste, afinal ninguém é indestrutível. emancipation é uma das minhas favoritas sem dúvidas, acho que tem um potencial gigantesco pra ser um single smash hit, e traz uma letra bastante sincera mas ao mesmo tempo ela te prende porque os versos são bem pensados, destaque para a parte em que você deseja o melhor mas em seguida já assume que aquilo não é real, só um clichê que as pessoas costumam dizer pra "ficar tudo bem". sane é muito boa, o instrumental é muito bom, e a composição entrega bem a mensagem que você quer passar de aparentar ser insana só por abraçar a sua liberdade. selfhunter é uma das composições mais intrigantes desse projeto, e eu adoro que ela segue com a vibe proposta pelo disco, com uma pegada de pop chiclete no refrão e seus la la las, mas os versos rápidos e a composição sobre ser subestimada e sobre ser conhecida pelo o que os outros falam sobre você tornaram a música um potencial mega hit. O final com o Paul também, ficou ótimo! grave mais uma dos dois hein, que parceria! A letra é bastante intensa e direta, combinou muito com o instrumental e os vocais "rasgados" passando essa revolta e necessidade de fazer a verdade ecoar. Essa ideia de que as vezes as pessoas só escutam as coisas quando são ditas por homens é a mais pura verdade, e achei a jogada desse contexto genial aqui.
Sam, agora o geralzão do Lilith e considerações finais. A segunda parte do disco ela é muito boa, ela traz essa a sensação de leveza, mas com uma intensidade no caminho percorrido até você encontrar a sua liberdade. Em relação a sonoridade, eu gostei muito também, mas em um determinado momento eu senti que voltamos pro Eve, e aí voltamos de novo pro Lilith, isso aconteceu em sane pra ser mais específica. Mas em geral é um projeto muito lindo, pois você está se abrindo aqui pra que as pessoas conheçam a tua história e sendo o mais verdadeira possível. Acho que o trabalho está incrível e é sim um marco na sua trajetória! Parabéns!
Essa música pra mim funcionou como um desabafo sobre as expectativas que as pessoas têm sobre você, mais especificamente seus familiares. Aqui você não deixa claro sobre o que seriam essas expectativas mas a impressão que eu tive realmente foi a de ser uma gayzinha no meio de uma família terrivelmente evangélica. Eu gostei da escolha como uma introdução, sabe? é uma música bem curtinha mas ela vai direto ao ponto deixando o seu recado.
forgiveness song
Gritei que usou a intro e montou essa música AAAAR
Essa church que serviu como intro combinou perfeitamente com a música em seguida. Aquelas crianças da introdução se mostram quem elas realmente são e ao mesmo tempo mostra que vão contra o que a igreja ensina e prega. forgiveness song vem como um outro desabafo onde Samantha não carrega culpa alguma sobre o que as pessoas querem que ela seja, afinal, isso não é problema dela.
allow to eco feat. clara kant
Essa música tem um instrumental poderosíssimo e seria uma boa escolha pra single caso a Clara se junta-se a Samantha para o tal. A letra foi MUITO bem escrita, consegui entender que é uma música de auto-aceitação onde Samantha filtra todas as informações e simplesmente se assume como pessoa que ela é e o resto que lute. Os vocais desse faixa são PERFEITOS! Merecia uma performance babadeira no Grammys.
burn in hell
Começando pelo instrumental que é FODA e com certeza um dos meus favoritos do álbum. Em burn in hell me parece que apesar de toda convicção que Samantha tem de que não está fazendo nada de errado em ser quem realmente é, ela ainda carrega dento de aí aquilo que aprendeu na igreja e as vezes fica receosa quanto a isso. Posso dizer que isso seria uma sequela por ter crescido dentro da igreja? E eu tô amando que esse álbum os vocais estão bem mais trabalhado e ganhando mais destaques.
please me add no orkut
Essa música nem deveria existir pelo simples fato de que sua mãe não deveria te tratar dessa forma, mas como nem tudo é da forma que deveria ser... A letra é muito forte, ela parece desesperada, ela fica praticamente de joelhos implorando para ser aceita, é triste e me tocou profundamente. Mas ao mesmo tempo eu vejo que você também está forte quando diz que não vai cansar de pedir para ser aceito e você não desiste. Mensagem linda e necessária.
letter to mom and dad
Minha nossa... tem que ter muita coragem para se expôr dessa forma assim tão abertamente para tantas pessoas, mas também deve ser tão aliciante colocar isso pra fora. Quero primeiro dizer que as escolhas de instrumentais até agora estão impecáveis, eu estou amando! Mas falando da letra, ela é muito pessoal e aqui você já não tem uso de metáforas mirabolantes, aqui você está nua e crua colocando pingos nos is e deixando a mostra as feridas causadas pelos problemas familiares com seus pais. Ai essa é emocionalmente muito pesada.
clergy
Samantha serviu vocais! Eu amo essa intro.
god bless
puuuutz que perfeição
Dentro do álbum essa música veio pra fechar a parte de Eve com chave de ouro, agora tudo faz sentido com esse single pra mim kkk nossa eu amei demais. Eu estava preocupada em como god bless poderia estar encaixada dentro da sonoridade de Eve que é diferente mas fez total sentido agora pq nas anteriores ela estava remoendo o passado e agora MUDOU e está lascando o fodassseeeeee caralho.
e vamos de lilica ripilica agora
love with the devil
Aqui Samantha já mostra um pouco da sua personalidade Lilith, ela tá ácida, ela tá o cão. E apesar de ser "diferente" da primeira parte do álbum, ela parece estar muito ligada com a música anterior, god bless, e talvez por isso essas duas foram singles juntos pois elas se completam AAAAR
Também noto um grito de liberdade, aqui parece que finalmente Samantha se sente livre de todo o passado vivido na igreja. Ela é totalmente o oposto do que foi canta do em burn in hell que a pesar das duas falaram de ser quem realmente é, em bih ela ainda era receosa mas em lwtd ela tem 100% de convicção do que quer.
7 feets feat. paul carter
Ficar falando de 7 palmos no meio de uma pandemia, amada? mais respeito por favor.
7 feets é um dos grandes hits do momento e não é por acaso. Essa música merece toda aclamação do mundo, ela juntou dois grandes amigos que foram capazes de desenvolver uma obra prima. A letra segue na mesma linha de abordagens pesadas que está sendo um grande destaque do álbum junto aos vocais. Aqui Samantha prefere queimar no mármore do inferno do que deixar de ser quem ela é, ela não se vende, ela não se submete.
persephone
Persephone nos traz vocais mais rasgados no seu refrão, seu tom de voz é mais agressivo e isso trouxe mais emoção a música. Lendo a letra me parece que apesar de tudo que aconteceu, agora você acredita em dias melhores criando esperanças.
worn wings
take my hand, stay joanne
Vou começar falando sobre a sonoridade de worn wings. Ela é bem diferente do que eu realmente esperava ouvir mas não é pro lado ruim, eu adoro um countryzinho, acho uma delícia, só foi um shock mesmo kkk
Sobre a letra, me pareceu que Lilica deu uma flertada com o lado Eve por se tratar de algo mais vunerável para o estilo que esperava de Lilica, me desculpe se estiver confundindo as coisas. Mas é uma letra bem escrita, é sobre se amar(?) e saber que você sempre estará lá para você mesma(?), é sobre saber que sua liberdade é sua e que ngm tem nada a ver com isso(?), acho que tem vários tipos de interpretações mas que nos levam a um só que é a tal de liberdade.
emancipation
ainda na vibe de paula fernandes
Eu amei essaaaaaa, tem que ser single pfvr
Quando ela começou a falar de liberdade, ela estava falando de tudo que sobrou até pro relacionamento tóxico que estava vivendo. Eu estou me emancipando caralho, agora se fode aí. Eu adorei essa música em sequência logo atrás de worn wings, até por conta da sonoridade mesmo, esse country com rock bem gostosinho.
sane
Nessa música, Samara mostra pro boy que tanto ele quanto ela estão propícios a erros, foi assim que entendi. Quando ele diz que ela não está sã, tentando fazer ela acreditar nisso, ele só prova o quão errado ele está. Samantha continua cantando, ela pode realmente não está sã mas ele está errado mesmo são. Tu entendeu né? Me enrolei toda nesse caralho kkkkkkkk só sei que essa porra tem que ser single também. Sonoramente falando, eu achei que sane poderia estar dentro de Eve por concordar que o som casa muito mais lá.Mas sua letra faz com que sane fique muito bem obrigada aqui em Lilica.
selfhunter
aaaaar eu amei essa sonoridade meio malhação de 2003
Acho que chegou no momento do álbum em que a mensagem é "respire fundo e vamos fazer uma autoavaliação?" pois temos muitas pessoas que se sabotam e nem percebem. Acho que é sobre isso né?
grave feat. paul carter
eu vou deixar o grave bater eeee esse eu quero ver bumbum mexer eeee eeee mc kevinho amo
Eu juro que esse era um dos instrumentais que eu mais queria usar na Empire mas nunca me surgiu a oportunidade de encostar nele e ainda bem que caiu em boas mãos. Eu amo uma vibe feminista e Samantha fez essa linha com maestria, a letra super agressiva assim como o instrumental, tudo combinou muito! Eu quero muito que seja single, ela precisa ser!!!! E se não for eu vou mandar tu se fu, se fu, se fu, se fuder baby.
considerações finais:
Esse com toda certeza é um dos maiores álbuns que já ouvi na Empire, tanto liricamente quanto vocalmente e sonoramente. Samantha nos serviu um prato cheio de músicas boas de qualidade e com lindas mensagens empoderadoras que servem pra gente ouvir quando bater aquele vazio no coração. Não vou fazer comparação de Eve x Lilith pq não tem nem como, as duas alí no meio uma hora ou outra flertam e o álbum é um só. Muito parabéns por esse trabalho amiga, ficou maravilhoso!!
Finalmente eu cheguei para prestigiar essa bíblia! Eu já tenho algumas opiniões previas sobre essa sua nova era: a nível estético você conseguiu dar uma cara muito forte, muito coesa e seguindo um conceito de dualidade muito bem executado. A capa(s) do(s) disco(s) está sensacional, simples, bem direta e tem um impacto com essa olhar bem direto. As escolhas de Singles e divulgação até o momento têm sido muito bem boladas. Está tudo muito bem cuidado e feito com bastante amor, isso é Muito notório, se sente ao curtir o disco. Vamos começar então?
EVE
A abertura do disco me surpreendeu, não contava que fosse abrir numa onda mais suave, mais crua, nesse desabafo. E que desabafo hein? A clareza com que seus sentimentos passam e representam a realidade de muitos nós é bem notória, não deixa dúvidas sobre as dificuldadees que sentimos, sofremos, stop thinking it's a phase é muito bem direta nisso, com essa guitarrinha bem suave, cria uma atmosfera boa. Entrando em forgiveness song, com essa intro sobre nossa liberdade e como as vezes ela é castrada, foi bem bonito e da outro significado mais especial para a música. Você entrega uma canção com bastante apelo comercial e super deliciosa de se ouvir, ela vai crescendo em nós e transparecendo cada coisa que você quer passar de maneira bem clara. A primeira frase me pegou, mais uma semana de terapia, é foda. Quantos irmãos ao redor do mundo passam por isso, acreditando que podem ser curados, quando não fazem nada de errado. A música funciona e passa a mensagem sem nenhuma dificuldade. Você trouxe Clara Kant e obviamente eu já esperava mas... Letra pesada hein? allo the eco entrega vocais super poderosos, crus, passando bastante emoção e vocês casam muito bem vocalmente. O destaque vai claramente para a letra, que composição! Que poesia! Eu consegui mais uma vez me identificar com bastante parte dela, as coisas que vamos ouvindo enquanto crescemos, que os outros dizem por aí ou nos dizem diretamente. Estou adorando a vibe do disco até agora, ele não está super forte mas ainda assim está, se me faço entender. Continuando a saga de Eve nesse julgamento a que o mundo a põe, ironicamente numa pegada meio gospel, burn in hell tem um certo apelo curioso sobre ela. Ela tem um envolvimento mais sensual, pela pegada de estilo que ela propõe. As composições continuam num nível ótimo, super sinceras e muito coesas, diretas. Isso tá me pegando de surpresa, estava pronto para ter que decifrar enigmas mas não, até aqui tudo é bem claro e cru, sentimentos expostos sem formas de interpretação. Lendo as poesias conseguimos entender bem, acompanhando a descrição elas só se confirmam. Pessoalmente uma das minhas favoritas até agora. Faz sentido agora onde please, accept me se insere, um grito de desespero final depois de tanta tormenta e de tanto julgamento e de tanta tentativa de intervenção. Aqui você se entrega sem medos aquilo que você precisa, vocalmente e liricamente e implora por poder ser quem você é sem que ninguém mais te aponte o dedo. Seguindo ainda a vibe mais suave musicalmente, os vocais são do caralho e entende-se o porquê de ser single. Música 10/10, sem sombra de dúvidas. Hora de chorar, eu consegui me ver TANTO TANTO nessa música. Com letter do mom and dad eu não consigo dizer muito sem soar repetitivo, só quero te dizer que me gatilhou um pouco, pra não dizer bastante. Esta é uma poesia que muitos de nós poderíamos publicar para nossas famílias e estaríamos sendo extremamente sinceros. Simples, bonita e bem executada. Para finalizar a sua saga de aceitação, clergy e god bless funcionam como uma só na minha opinião. E o single que tanto já amava agora se torna ainda mais claro e mais intenso. Sem dúvida temos o momento mais comercial do disco até agora, casando ainda com toda a sonoridade que tem sido entregada nas faixas anteriores. Ela soa bem apoteótica, um grito de liberdade e finalmente alcançar um patamar de seguir em frente e começar a viver a sua vida sem receios, sem medos. Tantas pedras, tantas críticas, tudo isso agora curou e você está pronta para ser a mulher que merece e que você quer ser.
LILITH
Tendo em conta o que disse no final, love with the devil faz total sentido. Ela é uma das minhas favoritas, pela força que ela tem, essa agressividade. Na história que você está nos levando ela agora faz muito mais sentido do que alguma vez fez. Claramente podemos ver a sua transformação e a mudança de posicionamento na vida, tomando as rédeas dauqilo que você é, essa agressividade. Um hit que ja sabemos, outro ponto bem alto da trajetória até agora e eu sou um viciado nessa música, principalmente pelo significado que você lhe deu. Aquela ideia que tinha de metáforas, agora se aplica. Lilith está se apresentando muito mais misteriosa nas suas palavras, o que não é ruim. Em 7 feets você da voz a quem tanto te ajudou na liberação deste disco, você casam muito bem vocalmente e as influências são super claras, soam coesas. Seus sentimentos são seus e Ninguém pode mais te falar, se o quiserem fazer, prefere morrer. Você luta contra qualquer julgamento impróprio e não pedido e busca bastante pela sinceridade e se manter honesta a sua essência e seu propósito no mundo, um gênio de composição. Persephone poderia ser um óptimo single, ela tem uma pegada mais densa mas bem rádiofonica. Estou achando curisoos que os vossos estilos estão bem equilibrado: notoriamente temos uma composição com vários traços do Paul mas bem adaptada a sua narrativa e estilo, achei bem curioso isso. A música vem com mais uma boa poesia que continua agregando detalhes e aprofundando sobre a essência de Lilith. Staaaay Joanne! Brincadeira, mas a era folk chega para todos não é mesmo? worn wings é bela pela fragilidade que ela tem. Mesmo falando de liberdade, do cansaço que a busca por ela causa, enfim, tendo uma temática forte, a vulnerabilidade dela faz da faixa ainda mais especial e lendo agora, consigo entender mais ainda o clipe. Não tem força para single, mas foi um movimento bonito e singelo a entregar com visual para os fãs! Colada e quase como uma irmã sonora, temos emancipation, que segue a mesma vibe acústica com uma leve mudança de atitude, mais forte. Sou sincero, a off é tão forte e tão crua que quando ouvi pela primeira vez eu me receei de que história a iria reinventar, felizmente você manteve a qualidade lírica e entregou uma história de busca de amor próprio principalmente, que é isso que se trata quando queremos nos libertar desses relacionamentos. Bem executada, sonoramente coesa, um pouco pé atrás porque sou bem apegado na original kkk mas no mais boa <3 Aqui vou ter a mesma opinião, acho que é um consenso em que sane soa levemente perdida. Apesar do conceito lírico casar bastante com a força e garra que a Lilith tem, sua produção e caminho musical é muito mais Eve. Pode ter sido proposital, e uma escolha com bastante consciência mas ainda assim da que pensar. Tirando isso, continuamos mantendo a qualidade a que você tem se proposto: boa lírica, óptimas falas e bastante pertinentes; música gostosa de se curtir. Vejo que você se despiu de qualquer nome em selfhunter e agora você conversa com um espelho, Samantha com Samantha e faz uma reflexão, sobre o que já viveu nessa carreira, pegando a fragilidade de Eve e a força de fala da Lilith e prova que elas duas são você com todos seus conflitos e certezas. Achei uma das composições mais interessantes, precisamente por essa trialidade de conceitos e formas de poder visualizar aquilo que a música quer transmitir. Sonoramente ela tem um leve sentimento de throwback, um pop rock a la 2000, o que a torna apelativa e rádiofonica o suficiente para poder se tornar single, pontos positivos por isso. Atingimos a meta do álbum e finalizamos com grave. Agressiva, debochada, irónica, ácida, aqui vemos o apogeu ao meu ver da personalidade. Ela, agressiva como a produção musical propõe, fala as verdades na cara de quem a tenta oprimir e toma para ela todo o poder que um dia julgou não ser digna e capaz de o ter. Achei uma ótima cartada final, junto com uma bela produção com elementos clássicos daquilo que o Paul entrega. Deixou um bom gosto e uma boa impressão a quem se despede e finaliza o disco.
Como consideração final eu tenho a dizer que mais uma vez você conseguiu evoluir e se superar. Eu sou um fã oficial do Chronicles, Nunca escondi isso e estava super ancioso para aquilo que viria por aqui com o E/L. Ele é bem articulado e pensado, com um grafismo impecável e marcante e conversa muito bem sobre várias temáticas que são de extremo valor, tanto para você como para a sociedade e isso cria uma empatia e conectividade com o disco imensa. Ele funciona, tem um propósito e agrada. Devo dar os parabéns a todos os envolvidos por terem feito um disco com poesias Muito bem escritas, cheias de sentimento e verdade. Eu estou muito orgulhoso daquilo que você nos entregou e desejo todo fuckinf sucesso do mundo, que é mais do que merecido! Te amo <3
Eu tive muita cautela ao começar o álbum e eu quero dizer que eu amei demais o site, ficou muito lindo, clean e ficou bem a sua cara. Eu amei a explicação dá uma boa introdução ao que eu posso esperar.
Vamos pelo eve...
1. stop thinking it's a phase: primeiro que esse instrumental é TUDO para uma introdução e eu simplesmente amei a forma como começou tudo. Aqui você narra como é ruim uma aceitação por parte da família, principalmente no mundo LGBTQI+, onde pensam que é uma fase, onde pensam que alguém nos influenciou a sermos o que somos e você deixar tudo muito transparente aqui. Aqui a gente vê claramente o sofrimento que a Samantha passou, mas continua sem. É uma música forte e sincera, ela fala sobre muitos, ela representa. Eu amei real.
2. forgiveness song: ai eu amo essas introduções misteriosas e achei bem diferente você trazer isso para o álbum. Essa música tem vocais muito fortes e claro que você usaria a Demi. Essa música casa muito com a construção da música anterior e eu começo a acreditar que as músicas podem ser cronológicas, não sei. Essa música é forte, essa música soa como libertadora. Essa música é um canto de libertação da Samantha, ela quer adquirir aquilo, mas será que ela consegue? Essa música é muito boa, bicho, seria um ótimo single.
3. allow to eco (feat. Clara Kant): Até o momento, essa música se torna a mais forte do álbum, ela se reflete muito o que talvez você queira passar para a gente. Aqui há uma opressão clara da religião, você simplesmente desabafa sobre isso e cada vez se torna mais difícil ser quem você é, se aceitar, se perdoar por ser quem você é. O instrumental em cima dessa composição tornam tudo mais forte ainda, essa junção de duetos, essa voz de Deus te mandando fazer as coisas. É simplesmente um dueto genial e eu realmente acho que deveria ser single.
4. burn in hell: Essa música trilha mais uma parte do seu desabafo sobre querer ser livre, carrega vocais sinceros e cada vez mais fortes, como se uma raiva estivesse sendo carregada aqui. Você vê cada vez mais uma vontade de se ficar livre (não que você já não sentisse isso anteriormente). Aqui é aquela síndrome de culpa que desenvolvemos por sermos o que somos, um sentimento forte de revolta por termos que carregar isso. A opressão causa exatamente tudo o que é lindamente escrito aqui. Essa música é essencial para o álbum.
5. please, accept me: Essa música é mais uma construção de toda a linha que você vem trazendo, é um encaixe com tudo o que eu venho dizendo até o momento. Você está cada vez mais perto de quebrar correntes, de se rebelar, de ser quem você realmente é. Consigo acreditar inclusive que até o momento tudo não passava de desejos, que você se proibiu beijar outras pessoas por medo do que você era. Aqui você clama para ser aceita. Essa música possui vocais fortes, possui simplesmente uma força linda, maravilhosa. Você está implorando por ser aceita por alguém que você tanto ama. Mais uma masterpiece nesse CD tão sincero.
6. letter to mom and dad: Cara, essa música é uma narração e um pedido completamente oposto durante a construção. De um lado, você tem rancor do seu pai, do outro você espera perdão da sua mãe. Aqui está claro quem a Samantha realmente ama e quem ela só tem mágoa. Por mais que a mãe não aceite, a Samantha ainda a ama, ainda tenta conseguir aceitação. Eu fiquei gatilhado com essa música pela parte do pai, né, mas simplesmente essa música é incrível, é linda, é sincera. Eu estou simplesmente triste com esse álbum até o momento.
7. clergy (interlude): ai mais um gatilho socorroooooooo. Achei bem pensado, bem colocado e nos deixa com vontade de uma continuação pra chorarmos juntos.
8. god bless: e vamos de lead single da era. Essa música é muito boa, você transformou algo maravilhoso em uma marca da Samantha. Eu nunca esperaria você utilizando ela, juro. Essa música é certeira, pesada, é uma forma da Samantha desabafar mais uma vez que todo esse medo que possamos ter da religião no fim não vale de nada: estaremos sozinhos. Essa música é no ponto, foi o single perfeito, é uma música incrível e eu te amo por nos entregar isso.
E vamos de lilith?
1. love with the devil: eu vejo nessa música muita força, é um instrumental forte, uma composição incrível. Vejo aqui a relação de diabo com o amor homossexual e o "morrer submissa" com as pessoas que são crentes à religião, se submetem aos machos, têm relação abusivas... enfim, as pessoas que julgam muito os outros mas que não olham pro próprio nariz. Todas as metáforas dessa música combinam muito com a personagem que entramos agora. É um single perfeito.
2. 7 feets (feat. Paul Carter): Essa música é um misto de emoções e ela tem uma composição forte, cheia de metáforas. É uma música que pra mim fala muito sobre certos tipos de relacionamentos que entramos e acabamos nos afundando, ficando desgastados, inválidos, perdidos. O Paul sendo a vozinha da razão é simplesmente perfeito e faz tudooo.
3. persephone: Esse provavelmente é um hino de liberdade, é um hino de esperança, é como se a Lilith aqui estivesse preparada a nos fazer ficar confiantes de que o melhor virá, de que somos sim importantes. Eu apostaria em próximo single da era, sem dúvidas.
4. worn wings: eu confesso que essa foi a que eu menos gostei, embora o instrumental seja gostoso etc. Ela fala sobre liberdade, sobre a gente se amar um pouco mais, mas eu não acho que ela se expressa e casa tão bem com os dois álbuns quanto todas as outras músicas incríveis que você trouxe. É uma música boa.
5. emancipation: Essa música = tudo pra mim. Aqui eu vejo uma Lilith doida pra se libertar de algo extremamente ruim para ela, ela está cansada e vai fugir de tudo isso. Essa música também deveria ser single urgentemente arrrrr Essa música tem uma vibe libertadora, sincera, uma vibe coutry, enfim. Composição mais uma vez incrível.
6. sane: Amiga, em questão de instrumental, eu acho que distoamos um pouco aqui, já que houve uma divisão de CDS, mas isso não tira a essência da música, pois ela é muito bem composta, tem um instrumental perfeito e os vocais totalmente no ponto. É uma música direta, aqui não vemos mais tantas metáforas e sabemos bemo do que a Samantha fala.
7. selfhunter: aqui vemos uma vibe que realmente combina com o Lilith (em minha visão, claro) e com o nome, que traz a impressão de uma música forte. Esse instrumental é simplesmente muito bom e o trio conseguiu trazer uma mensagem muito boa. Eu vejo muito aqui uma narração sobre você ser um pouco insegura sobre você, sobre o que você vem trazendo, talvez algo sobre a Samantha estar insegura com a sua carreira. No fim, a mensagem do Paul traz para você uma segurança, talvez? Eu sei que com certeza concordo com ele, esse CD está marcando a sua carreira. Você fala certo aqui, você não deve se destruir, você deve confiar em você mesmo e pronto. Você sabe que vai longe. Eu faria single também, old.
8. grave (feat. Paul Carter): e vamos de duo do ano. Esse instrumental é simplesmente perfeito, amiga. É um casamento perfeito de instrumental com a letra, fora que a voz do Paul aqui me deixou simplesmente arrepiado. É uma música que eu vejo meio que resumindo TUDO o que você trouxe e trazendo uma vibe muito libertadora. Aqui é o desfecho onde você parece finalmente se aceitar como foda, como uma pessoa que não deve temer seus desejos, uma pessoa que deve simplesmente se amar e pronto. Eu apostaria muito em single, mesmo ela combinando perfeitamente como um término de show, de álbum.
Amiga, eu tenho só a dizer que você conseguiu sim marcar com esse trabalho lindo. Eu vejo aqui um álbum muito coeso, onde você foi muito sincera sobre seu trajeto na vida, você se abriu para a gente e foi extremamente lindo ver isso. O primeiro álbum marca uma Samantha mais sofredora, sentindo muito, sentindo demais e um pouco perdida na vida, como se não soubesse sair daquela situação. Eu vejo esse álbum muito como o início de tudo, onde você não sabe como reagir a homofobia, sobre a como você é, sobre a como as pessoas vão te aceitar. E o Lilith traz outra forma de ver tudo isso, uma forma em que você está se aceitando, está se libertando, está liberando a verdadeira você. Então eu arrisco em dizer que você foi a Eve e agora é a Lilith.
Parabéns por esse álbum lindo, é um forte concorrente em premiações sim. Tá tudo lindo. Você chegou num patamar maravilhoso e pare de se subestimar, você é uma artista do caralho! Sucesso demais <3
Samy, vamos de Eva e Lilica. Quero elogiar o cuidado com o trabalho estético que você teve com a capa e o site. Está tudo bem lindo e foge do óbvio, mantendo tudo muito limpo com cores pontuais, achei de muito bom gosto.
Vamos a primeira parte. EVE
01 - stop thinking it's a phase. Que canção linda. Tanto instrumental quanto letras funcionam muito bem para introdução, começar com o acerto assim é para poucos. A canção fala sobre decepcionar as expectativas de quem te criou. Cara, funciona de tantos jeitos isso. Acho que é muito fácil para quem tá ouvindo se identificar. Gostei bastante.
02 - forgiveness song. Continuando sua saga, temos uma canção que não é sobre mostrar que você tem orgulho de quem você é. Que não são as pessoas daqui que vão te julgar. Tem uma força incrível e uma construção e ligação com a faixa anterior muito bem feita. Achei um ótimo trabalho. Eu sou apaixonado pelo instrumental, e incluir essa interlude no início foi a cereja do bolo.
03 - allow to eco. E vamos de vocais. Eu sou apaixonado nesse instrumental, então já sabe que eu acho impecável, e ele veio numa sequência muito boa. Clarita aqui com vocais lindíssimos sendo um chamariz para a letra que trabalha o empoderamento sobre a dominação que sofremos devido a crenças que nos são impostas.Vejo bastante sentimento e vulnerabilidade nessa faixa, e isso é muito bom o que só amarra bem todos os assuntos falados até aqui.
04 - burn in hell. Temos agora Samy pedindo perdão. Acho que todos que somos criados em meios religiosos mais fundamentalistas acabamos, mesmo depois de nos empoderarmos de quem somos, nos questionando se estamos certos em continuar assim e pedimos perdão para esse ser que não sabemos a real existência. Achei uma boa canção sobre autoconhecimento e autoafirmação.
05 - please, accept me. Eu acho essa faixa extremamente gatilho pra mim aar. Ela é bem nua, e mostra toda sentimento guardado dentro quando juntamos letra e instrumental. Da para sentir o desespero e sofrimento em cada verso, em cada nota. Eve continua impecável até o momento.
06 - letter to mom and dad. Que linda essa carta. É simples e direta, porém cheia de emoção e sentimentos. Carrega uma história por trás que só vocês que viveram sabe dizer, mas conseguimos sentir. Achei linda e carrega muito bem todo o tema que de aceitação que você vem trazendo por todas as faixas.
07 - clergy. Um interlude pequeno porém muito eficiente. A mensagem foi entregue com sucesso.
08 - God Bless. Sofro com meus créditos por uma virgula, mas amo. Aqui temos o arremate de todo o seu caminho. Achei que foi uma canção muito eficiente para a proposta, e não é porque eu estou por trás de algumas vírgulas não.
Eve funciona muito bem em todos os sentidos. consegue ter instrumentais marcantes e letras sentimentais, sinceras e que nos aproximam muito da Samantha, quase nos tornando seu amigo íntimo. Agora vamos ver o que Lilith nos espera.
01 - love with the devil. Um dos Smashs do álbum chega para nos apresentar a Lilith. Trazendo uma persona mais agressiva e inconformada com as coisas que foram impostas. LWTD carrega toda essa força no instrumental e na letra nos mostra bem como a Lilith é.
02 - 7 Feets. E continuamos com atitudes. Aqui vemos você escolhendo ser condenada ao sofrimento eterno do que perder sua verdadeira identidade, seu verdadeiro eu. É uma escolha difícil se manter fiel a si mesmo quando todos estão dispostos a te crucificar como se você fosse pior dos acontecimentos, só porque você não segue o modelo esperado. Acho uma faixa excelente e que mantém a identidade da Lilith.
03 - persephone. Senti que aqui temos uma faixa sobre tirar proveito das piores situações que você é submetido. Até mesmo quando você é condenado a passar a eternidade no inferno você pode acabar se tornando a governante do lugar, pra mim isso é um metáfora a quando você passa por algo tão terrível que acaba aprendendo a ser melhor que aquilo e dando a volta por cima. achei bem legal essa composição e o instrumental segue uma delícia com todo o rock.
04 - worn wings. Ah eu amo uma vibe acústica, e country com rock é algo que tende a funcionar. talvez funcionasse melhor se viesse depois de 7 feets pelo final mais acústico dela, não gostei muito da transição de persephone para essa aqui. Liricamente achei uma música muito bem escrita como todas até o momento, é uma reflexão muito boa sobre sua força de ser sua melhor companhia. Uma faixa muito deliciosa.
05 - emacipation. Essa música me parece algo sobre um relacionamento onde alguém achava que poderia te controlar apenas por ele ter dinheiro e tudo que cita na música. É algo sobre se livrar de alienação, seja parental ou emocional. Gostei bastante do conteudo lírico e achei bem vinda após worn wings.
06 - sane. Ai eu amo tanto esse instrumental, mas sinto ele no lugar errado. Por mais que ele seja folk, ele me remete muito ao eve, mas ao mesmo tempo acho que pertence a Lilith. Talvez ele mais próximo de worn wings funcionasse melhor para tirar essa impressão. Até mesmo liricamente a mensagem funcionaria por se tratar de um empoderamento feminino muito forte.
07 - selfhunter. Amo, o rock voltou. Você tem uma música divertida aqui ao mesmo tempo que tem uma letra que é sua consciência falando sobre autossabotagem. Acho ela muito bem escrita, que é a melhor parte de tudo. Gosto das referências sobre se recriar e mudar o rumo da própria carreira, mostra quem está com as rédeas nas mãos. Não é minha preferida, mas é bem interessante.
08 - grave. Temos aqui um hino de fúria e empoderamento feminino. Lilith cospe na cara de todo machismo que é rogado contra ela a cada etapa de sua vida e carreira. Fecha muito bem o álbum com muita atitude.
Lilith se mostra um lado mais cheio de atitude de Samantha. Mas ao mesmo tempo, pra mim soou o mais perdido. Eve era mais segura da mensagem que gostaria de passar, aqui senti que em algum momento não soube que direção seguir, talvez por isso a presença de mais mãos para escrever as canções. Claro que isso não prejudicou, todas as letras são muito bem escritas e com mensagens importantes que funcionam diante a temática, mas não foi tão cativante quanto a primeira parte.
Eve e Lilith são duas obras que se completam ao meu ver. Uma é mais sentimental, vulnerável, mostra visceralmente seus suas emoções, fraquezas e dores. A outra parte já é mais afrontosa, agressiva, cheia de atitude e segurança. Acho que Eve se sai melhor entre as duas partes por me parecer mais completo, facilmente seria um álbum sozinho, enquanto Lilith talvez falte algo mais. Mas num todo é um trabalho competente e bastante ousado para a Samantha que conhecemos, acho que te firma como uma artista que procura sempre se desafiar no trabalho seguinte. Meus parabéns por essa obra, sinto cheiro de premiações chegando.
Vamos lá então! A expectativa pra esse álbum foi enorme... Todos falando sobre ele, vários comerciais, uma narrativa toda com documentário, muita divulgação. Vim aqui conferir! Estive no dia do lançamento do álbum pela ETV, e vou agora conferir com mais calma tudo isso aqui. Vamos lá!
EVE:
Stop Thinking It's a Phase: O nome da canção já sugere aí uma luta sobre sexualidade. Adorei a descrição da faixa ali embaixo, achei muito legal isso (vou copiar mesmo rs). A letra é bem profunda, é inteira um desabafo. Só o fato de não ter uma estrutura tradicional, com refrão e tudo mais, já deu essa ideia. Quanto ao instrumental, é algo leve, simples apenas com um violão e voz. Algo bem mais puxado ao acústico, sem caracterizar de fato um gênero musical. Acho que iniciou o álbum bem forte.
Forgiveness song: A intro de church é bem forte né migo? PQP. É um grito de querer se libertar, de poder trazer voz a uma parte mais polêmica sobre a instituição igreja. Achei muito emocionante e necessária. E a música começa... Aqui temos uma característica mais "SOUL", vocais puxados mais para o Gospel no refrão. Há um pouco da mistura disso com o POP. Achei interessante essa escolha pra Samantha! Ainda temos uma letra voltada a essa luta e questionamento com a questão sexualxreligião. Achei que narrativa ficou bem coesa com a primeira música! Ficou muito bom, Sa.
Allow To Eco: Aqui continuamos com uma vibe mais SOUL, na questão mais sonora. Acho que canções desse estilo, normalmente tem mais essa necessidade de serem mais profundas, mais emocionantes. Adorei o instrumental da canção. Quanto a composição, achei que ficou muito bem escrita! Até aqui, pude perceber que a parte EVE é sobre isso, sobre essa luta. A Clara na canção só acrescentou mais ainda, não esperava por esse feat (hahaha). Enfim, essa canção entrega vocais, eu adoro.
Burn In Hell: Eu sou meio suspeito pra comentar essas faixas "SOUL", pois eu amo demais e que legal que usou esse trunfo. É algo que não vejo no jogo, já faz você se diferençar do resto. BIH temos mais um hino cantado da forma mais pura. É triste ver composições como esta, saber que pessoas tem que enfrentar esse tipo de luta, algo que não deveria acontecer. Achei uma das melhores do álbum com certeza... E temos os vocais mais poderosos do que nunca aqui. Deus não precisa perdoar, não existe pecado nenhum em ser quem você é <3.
Please, Accept Me: O HINO. Uma das músicas que eu mais gosto da Samantha, do que vi pouco no jogo. Acho que super combina com a persona que a Samantha é. Eu já havia comentado essa canção e repito que ela é maravilhosa. A luta da aceitação é esclarecida mais do que nunca aqui, literalmente em palavras. O grito foi dado, a composição é bem clara. O instrumental é mais POP e foge mais da questão mais SOUL da proposta inicial do álbum. Mas, uma faixa linda, pra mim ela é nota 10.
Letter To Mom And Dad: Ai, que letra triste. O violino de fundo na canção. Sem estruturas. Eu não sei muito bem o que comentar em músicas desse tipo. Soam extremamente pessoais, e não podemos sair julgando assim. Acho que veio de coração. A música é linda, o instrumental é tocante e continua com a narrativa coesa desde o começo do álbum.
Clergy: Uma interlude com os vocais perfeitos! Forte e no ponto. Sem mais! Acredito que uma transição pra algo mais forte ainda da próxima faixa.
God Bless: Aqui temos algo mais puxado para o Pop/Urban... Eu achei que mega destoou do álbum todo, Samantha... Em questão sonora, no caso. Achei que fugiu um pouco da VIBE da Eve das 6 faixas anteriores. Mas, quanto a música em individual, ela é maravilhosa. Em outras ocasiões eu havia dito que adorava demais a canção, brinco até com o "God Bless Samantha". Mas, é uma faixa maravilhosa, acho que assim como PAM, combina melhor com a essência que a Samantha (imagem) apresenta. Não que as outras não causem isso, muito pelo contrário, mas achei mais a identidade. E nao tem problema sair dela né? Não adianta a gente ficar nas mesmices!
Vou comentar rápido o EVE: Eu achei essa primeira parte, bem emocional, são músicas muito pessoais, muita emoção. Não tem porque ninguém julgar as composições, porque não acho que seja interessante e confortável falar que a luta de alguém precisa ser mais estruturado ou não. O que eu me sinto confortável de falar é que vi que tomou riscos, eu não sei se a sua sonoridade era dessa forma, preciso conferir seus trabalhos passados... Mas, SOUL caiu bem em você! Achei que 2 faixas (PAM e GB) não encaixaram bem na construção sonora, na questão linear e coesa. Mas, não deixaram de ser faixas incríveis.
Vamos para Lilith!
Love With the Devil: Quando eu cheguei, essa canção estava no auge, conquistando todo mundo em sua volta. Aqui já começamos essa parte do álbum com algo mais animado na questão sonora, e algo mais agressiva até mesmo na forma de cantar. Vejo uma mistura do Pop com o Rock e algo mais pesado, mais dark. Sem precisar ler a descrição, posso dizer que é referência do que viveu na igreja, ou dentro de casa, conforme sua luta da sexualidade. A letra é incrível, acho que ficou bem marcado essa canção pra você!
7 Feets: Acho que é uma das suas melhores faixas. Acho que a faixa ainda é um pouco confusa pra mim, no significado dela. Eu li a descrição, vi que são referências a Lilith. Mas, acho que ficou muito aberto a interpretação, talvez por isso cada um entendeu de uma forma. Ainda sim, eu adoro a composição (pode me chamar de maluco). Adorei que trouxe referências, misturou com o que você tem a dizer e é isso. É uma faixa diferente, acho que por isso faz dela especial. Paul na canção é tipo: não consigo imaginar sem ele. E o final da canção.... O final <3 Lança uma versão dela só no piano.
Persephone: Aqui temos uma faixa com a essência mais Pop, com poucos elementos do eletrônico, e no refrão algo mais pop/rock. Achei interessante a mistura. A faixa ficou ótima, muito bem escrita. Não é meu estilo preferido de música, mas acho que o instrumental ficou muito bom, pra mim combinou com a essência da composição. Ah, e os vocais estão ótimos!! Achei o ponto alto da canção.
Worn Wings: Take My Hand... Stay Joanne -n. Estou vendo que a Lilith é mais versátil... Até agora tivemos vários estilos de instrumental. Agora temos uma vibe mais country e uma melodia mais calma, mais suave. Acho que a composição é uma das melhores pra mim até agora. É uma composição limpa, simples, e bem crua, eu adoro isso demais. Os vocais estão ótimos, o background também foi muito importante pra deixar a música ainda mais interessante.
Emancipation: Aqui temos ainda influências do country com algo mais pesado, com mais atitude na forma de cantar. Relacionamentos tóxicos são difíceis. Já passei por isso e entendo a dor. Achei que como você disse na canção, é uma carta, é um desabafo. Pode mandar o dedo do meio pra ele, Samantha. Achei que é uma música de destaque do álbum, junto com Worn Wings, ficou muito boa.
Sane: Aqui me lembrou um pouco a primeira parte do álbum, a Eve. Pela sonoridade mais soul, talvez. A composição está ótima, achei que as palavras foram muito bem usadas! A canção remete a algo mais melancólico e assim como Emacipation, é um recado bem dado. Adorei a canção.
Selfhunter: Voltamos então a uma vibe mais rock aqui. Respira mulher, quase nao entendi o primeiro verso -n. A música vai crescendo, trazendo aquela expectativa para o refrão. Achei a música algo mais clássico, e também algo mais radiofônico. E quanto a letra? Garota? Várias "indiretas-diretas". Adorei isso sobre a canção. Acho que é uma das minhas preferidas, aliás. Achei que ficou muito bom a junção da canção + instrumental.
Grave: Ai menina, você me matou com essa faixa. A melhor faixa do álbum inteiro. Dá um baile em todo o resto -n. Mas, é uma das melhores sim. A letra tem fúria, tem consistência, tem atitude e o som com aquela pegada rock que a Samantha vem trazendo que é ótima. O Paul recitando os versos no refrão, deixou muito mais sombrio, muito mais diferente. Girl Power mesmo, tem que gritar pro mundo, eu amei. Melhor faixa.
Comentando a Lilith: Entendi que a proposta foi diferentes tipos de sonoridade, se não for, me corrija por favor! As letras são mais complexas, são letras com mais atitude, com mais empoderamento, diferente do Eve que tem uma proposta mais sentimental, mais declarativa e expressiva quanto aos seus sentimentos.
Enfim, o álbum está muito bom! Tenho uma ressalva, no Eve que comentei mais em cima sobre aquelas 2 faixas... E no Lilith eu acho que se "Sane" viesse por último no álbum, ou então antes, não sei, talvez iria ficar menos pesado a transição dos gêneros. Não sei se é pra ser assim por conta da linha do tempo também. Mas, é um detalhe diante tamanha perfeição das suas composições! Menina? Que isso... Não sabe brincar de compor, deixa os amigos terem chances, ok? Certeza que é um álbum que vai ter inúmeros prêmios, merece bastante! Forte concorrente ao AOTY, só pelas composições pra mim levava, viu? Ficaram ótimas mesmo! Parabéns, Samantha! Ficou muito bom mesmo.
Finalmente cheguei pra ouvir a Eva e a demoníaca, primeiro as capas perfeitas bicho, o pisão no design do site, Samantha Cooper você não presta.
stop thinking it's a phase - Meu pai que nome imenso nessa música. Ai, eu amo esse instrumental apenas com poucos elementos, um violão ou uma guitarra elétrica, não sei, mas eu amo. Na composição você é bem clara, aqui você desconstrói as expectativas que colocaram em você, porque ela é só de quem colocou, você não é responsável por elas. Amo, iniciou o álbum muito bem.
forgiveness song - Já disse antes do álbum sair que essa intro com essa música me deixa completamente arrepiada, Samantha você é um demônio mesmo, eu vou lhe matar. Church é aquilo né, você ouve o que não deve fazer, que isso ou aquilo é pecado, mas você agora deixa claro que não quer isso pra você, a reafirmação vem na música em si. Forgiveness Song é uma canção de liberdade, você se reafirma, se coloca numa posição alta, você não é obrigada a seguir um caminho que não seja o qual você se identifique, aqui você para de se culpar por não ser o que as expectativas dos outros previam. Eu acho um hino, eu amo esse instrumental e quero como single aar
allow to eco - Amada, eu vou sair desse álbum sem ouvidos, os vocais, a gritaria, eu amo aaar Essa música é bem forte assim como o instrumental, aqui você conta a batalha para se aceitar, para se sentir feliz na forma em que fomos colocados, e que embora tenha sido colocado na sua cabeça por muito tempo que você está errada, que tudo que você faz ou pensa é sujo, é um pecado, nós temos que passar por cima disso e ecoar, tirar aquilo que está atormentado no nosso interior e jogar para fora, ser livre. Eu amo um hino, o feat perfeito.
burn in hell - E Samantha serve mais vocais, old que gravava uma música por semana pra preservar os vocais perfeitos para as faixas do Eve. Em BIH eu sinto um pouco de insegurança, você diz que se entregou a carne por um tempo, foi livre, mas espera não ir para o inferno por isso. Essa música é bem um reflexo das duas anteriores, aqui você tem uma "recaída", talvez uma volta para a igreja. A minha crítica pra essa faixa é só uma pequena, na hora de revisar, troca o adjetivo pra o feminino bicho aar Anyway, uma faixa belíssima, mais uma né.
please, accept me - Eu vou lhe matar por usar essa música e não deixar ser o hit que ela nasceu para ser. Eu já comentei no single, mas no álbum, pra mim, ela ganha toda uma força que não teve como single. Aqui você cansou de tanto se culpar, de se sentir menosprezada, de ter que carregar um personagem que não era você, você suplica pela aceitação mas deixa claro que não vai voltar a ser a pessoa presa que você era, que você tem a sua maneira e que não vai mudar, e que só quer que te aceitem desse jeito. Belíssima bicho, canção muito forte, poderosa, ódio que não investiu muito no hino.
letter to mom and dad - Ai, vamos de gatilhos, todo álbum da Empire um gatilho diferente, vamos lá. Eu amo essa música, embora eu ouça muito pouco por conta da letra, digamos que ainda preciso superar certos traumas. A sua composição é belíssima, aqui você fala o que seu coração sente, o que os seus sentimentos falam, eu achei uma canção muito honesta, simples, mas direta, no alvo. Amiga, aqui você mais uma vez usa adjetivo masculino aaar Entra no personagem, porra! kkk
clergy - AMOOOO, a interlude perfeita bicho, os vocais angelicais, é agora, vem aí. Eu adorei a metáfora com a ordem de que viados não prestam e devem morrer, old que a igreja interpretou isso da bíblia do jeito que eles queriam, mas amar não é crime bicho, amem quem for, amar é lindo.
god bless - Felizmente tive o prazer de ouvir esse hino antecipadamente para fazer uma crítica. Eu adoro a escolha do instrumental, com as referências gospel, com órgão, coral e etc. As metáforas aqui são aos montes, nessa você caprichou nesse sentido, já que é essa a música que encerra esse álbum e faz isso com chave de ouro. Aqui você expõe que não é preciso ter medo, que você pode encontrar seu próprio paraíso, você pode florescer os seus próprios jardins e que ser LGBTQ+ não é uma escolha, não é uma opção, as pessoas nascem assim e pronto. Eu amo um fechamento de álbum perfeito, esse trap/pop muito gostoso, pisou. Uma das minhas músicas preferidas do álbum, e o vídeo, PERFEITO.
E vamos de lilica, eu já peguei minha guitarra e meu chapéu de vaqueira, vem aí.
love with the devil - Toda vez que essa música toca aqui, uma fada morre, sua piranha, fui ameaçada com 3 facas e duas armas por conta do instrumental, se você não fizesse bom uso eu ia lhe esculhambar. Ai, eu amo esse hino, a letra é uma composição perfeita, toda metafórica, aqui vejo que você está trazendo uma visão diferente da mesma história, Lilith e a Eve porém mais revoltada, sem papas na língua, você não era santa, mas também não se apaixonou pelo diabo para ser rejeitada desse jeito, você vai fazer o que quiser e isso não te faz mais ou menos pecadora que ninguém. PERFEITA.
7feets - Meu pai, mais um gatilho com instrumental, não deixa uma negra em paz mesmo. Amiga, 7feets no álbum faz todo o sentido, tudo que eu me perguntei com a música como um single o álbum me responde, ela funciona muito bem aqui. A música no álbum passa longe de ser sobre um relacionamento, aqui você fala das consequências quando você se "rebelou", quando você parou de viver em função do que achavam e começou a viver a sua vida, com suas concepções. As pessoas que se afastaram, que te condenaram, que te colocaram como o demônio da história. Eu amei de verdade a música no álbum, me traz tantas lembranças...
persephone - Eu amei essa música, old que eu quero como single também, você dê seu jeito, faça um vídeo perfeito para esse hino, sua obrigação -n A composição é muito boa, é uma canção de liberdade, você diz que foi condenada, mas sabe do poder que carrega consigo, da voz que tem e que irá voltar mais forte, que irá governar, ser dona de você. Eu amei demais a música, você e Paul juntos só fazem hinos né, e adorei também a metáfora principal da música, old que com o Paul tem sempre a mitologia.
worn wings - Stay joanne, tá filmando netflix? E vamos de um country calminho para quebrar a sequência roqueira, amo. Essa vibe mais acústica, mais simples é tudo, eu amo muito. Eu achei uma música bem reflexiva, nela você expressa o que está sentindo depois de sair, de ser livre, e meio que aconselha o ouvinte a perseguir sua liberdade, correr atrás do que quer, pois no final você pode se culpar de tudo, menos de correr atrás daquilo que você quer. Eu adorei a música, dá uma acalmada grande no álbum e foi uma ótima sacada.
emancipation - Obrigado pela homenagem amiga, não esperava, de verdade -n Eu amo muito a base que você usou, sou obrigada a aclamar, o que não é um defeito já que eu amei a canção por completa. Ai bicho, uma canção de liberdade com influência country e rock, Samantha eu vou te matar sua piranha. Aqui você canta que está se emancipando, indo embora, deixando quem te criticou apodrecer, e até espera que essa pessoa encontre o amor um dia, mas se não encontrar, que bom também. Eu imagino muito essa música como single, mas acho que por já ser conhecida você não vai lançar. Eu amei muito, perfeita demais.
sane - A Eve querendo tomar o corpo da Lilith. Eu acho essa sonoridade muito parecida com o que você trouxe no Eve, uma visitinha da sua irmã mais comportada. A composição também se assemelha muito a do "álbum" anterior, poderia vim a qualquer momento nele. Não acho um erro a música vindo aqui, já que a temática aqui como disse no começo acredito eu que é falar da mesma coisa de visões diferentes. Você aqui fala bem sobre o teto de vidro, as pessoas falam sobre mas esquecem que são tão pecadoras quanto, que erram na mesma intensidade, que pecam do mesmo jeito, ninguém é 100% puro. Eu adorei a música, eu amo essa sonoridade aaaa
selfhunter - Eu amo esse hino, a Lilith tomou conta de novo do álbum, mandou a eve pro éden de novo -n Primeiro que obrigado por creditar as duas frases amiga, obrigado pela confiança em me mostrar o hino e pedir uma ajuda, me senti muito feliz por poder colaborar nesse projeto lindo <3 A música é bem sobre você falando a si mesma que não precisa se culpar, que você é suficiente, é foda e faz o que quiser, que precisa que parem de espalhar boatos seus, que parem de falar coisas que não sabem. Eu adoro como o resultado final ficou, perfeita. Old que eu vou pedir para single também.
grave - Eu tenho alguns problemas com essa produção em off, mas vou me restringir a comentar ela como uma canção da Samantha Cooper. Eu morro como você colocou o homem no chinelo, expôs a hipocrisia de quem vive pregando, mas trai a esposa, sai com as outras irmãs da igreja. Você conta uma história e que no final o traidor acaba cavando a própria cova e deixando ser descoberto. Morro com a feminista, vem aí.
Amiga, no geral eu vejo esse álbum como o seu suprassumo, eu amo você no pop farofa, de verdade, mas aqui você atingiu o seu ápice. Eu gostei muito do álbum, como disse assim que comecei a comentar o Lilith, você criou uma narrativa e inseriu dois pontos de vista, um mais emocional, e um mais libertino, mais "afoito". A crítica que eu faço, e aí coloquei no comentário das faixas é pra você "entrar no personagem" você criou uma narrativa para a Samantha Cooper, então não esquece na hora de revisar de trocar os adjetivos para o feminino, eu sei que são canções muito pessoais, e as vezes bem difíceis de escrever, mas dá uma atenção a isso. De qualquer modo, temos mais um álbum seguindo para ser um dos álbuns do ano, vejo ele concorrendo e levando muita coisa. é um álbum que funciona muito bem, é todo estruturado e extremamente coeso, as composições lindíssimas, parabéns pelo trabalho, de verdade, você merece muito todo o reconhecimento!
Vamos de comentário de um dos álbums mais esperados desse ano! Eu adorei o site e adorei você cotando a história de como essa ideia surgiu.
stop thinking it's a phase
É uma faixa com uma produção maravilhosa, adoro esse tipo de canção, você sabe e acho que aqui você escolheu um lado certo para apostar nessa vibe R&B/Blues, a letra é um grande desabafo, você parece falar com sua mãe sobre como nada mudou em relação a sua orientação sexual depois desse tempo todo, e em como eles queriam ter o controle do seu futuro por pensamento mais rigidos e você preferiu escolher o seu caminho, o que caminho que te faz feliz e te faz ser livre, é uma letra mto sincera e bem objetiva que deixa claro o que você quer dizer, deixa claro seus sentimentos de angustia, e que isso pode te machucar de alguma forma por não suprir o que sua mãe queira, mesmo você sabendo o seu caminho.
forgiveness song
Essa intro é perfeita, começa como um grito de liberdade, uma atitude emponderada, dona de si. Acho que aqui é um grito de libertação e a produção remete a isso, com esse lance das permissões da igreja, de crescer com tais regras que te fazem pensar que você realmente não foi bom suficiente, só que ai você acorda e percebe que não é perfeito, por que ninguém é assim e vocÊ resolveu se aceitar, mesmo sabendo de todos seus defeitos e que acabou não sendo o que esperavam de você, mesmo isso te machucando no inicio, se libertar desses preconceitos criados dentro de um ambiente religioso te faz mais feliz, te faz mais liberto e é isso que a canção passa como um todo, eu simplesmente amei a música e adoraria vê-la como single.
allow to eco
Essa era uma das canções que eu mais estava ansioso quando ouvi as prévias pelo doc, vamos lá, a produção é perfeita e a parceria mais ainda, não esperava uma parceria dessas e super se encaixou. Aqui a letra parece falar desses tais dominios que acabamos nos deixando levar quando usamos a religião para blindar aquilo que somos, você de uma forma subjetiva fala de Deus como alguém que te ama, mas se ele te ama mesmo ele ia querer que você se escondesse, que você não se amasse, que você não fosse você? Realmente, isso não pode ser verdade e você de forma brilhante escreve isso aqui, os vocais são o ápice da canção e exalam o sentimento que você quer expor na canção, eu gostaria muito de ver essa canção como single também, pois ela tem uma força enorme.
burn in hell
A canção começa com esse coro bem de igreja mesmo, só que com um ar bem sombrio e na letra você revela seus pecados, e ao mesmo tempo se sente culpado por isso, sua mente ta completamente confusa devido ao que você foi ensinado ao crescer dentro da igreja e aquilo que ela ensina, aqui você chega a cogitar a deitar ao lado de quem não ama pra satisfazer o desejo de sua familia e aquilo que a igreja prega, você mostra que você mesmo se julgou de maneira errada, e você via suas atitudes "pecaminosas" como algo ruim/errado, e isso acabava com você de alguma forma, te deixava com medo de ser julgado pelos outros, de ser taxado como a pessoa ruim ou errada nessa situação,
please, accept me
O título da canção já diz muito sobre ela, e a produção pe bem forte e tem uma interpretação que esbanja bem o que você quer passar na composição, confesso que tive que pausar a musica lendo a letra por que se não ia chorar, não que eu tenha passado por isso, mas de alguma forma me dói ler esse desabafo, achei extramente perfeita, aqui você pede sua aceitação, aqui você mostra que nunca desistiu de tentar a aceitação de sua família, você mostra suas vulnerabilidades, mas você deu um ponto final nisso por que você não pode continuar mentindo pra si mesmo e seguindo dogmas que não correspondem com o que você sente, é uma canção muito sensível pra comunidade LGBT que tem família religiosa e passa por essas coisas, simplesmente perfeita e agora entendo o motivo de ser single, pena que você lançou em conjunto com 7 feet e acabou sendo ofuscada.
letter to mom and dad
Aqui também o título define bastante a música, é literalmente uma carta aos seus pais, você expõe todos seus problemas e desejos com eles, e conta como você queria que fosse, e também é sincero ao falar das mágoas guardadas e das feridas que eles lhe causaram, você conta o que espera deles de uma forma bem profunda e com essa produção deixa tudo muito mais intenso, e o disco se conecta de uma forma única em todos os aspectos, eu confesso que estou amando.
clergy (interlude)
É uma interlude bem representativa pois nela fala o quão tóxico pode ser a religião na vida de um LGBT, essa produção ficou mágnifica, os vocais, adorei essa transição
god bless
É um grande hit né, não há o que negar enquanto a isso, a música tem uma produção foda, um clipe mágnifico, e a composição é maravilhosa, aqui você mostra que mudou e que agora vai deixar de vez o passado que te atormentou pra trás, aqui você põe em dúvida a existência de Deus ao falar que "Ninguém terá um Deus para abençoar quando todos estiverem a queimar", já que no fim todo mundo já pecou um dia e pela lógica religiosa estariam todos fadados ao julgamento mais cruel Dele, é uma letra muito bem escritar por você e Marco, amo essa faixa, e seu sucesso é muito merecido.
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love with the devil
Como eu já disse milhões de vezes, acho o melhor single da sua carreira junto com 7 feets agora, a produção é fantástica, e a composição nem se fala, ela dentro do álbum fica mais perfeita ainda, aqui é o inicio de sua revolução e você usa as metaforas com a temática que quer apresentar perfeitamente, aqui é o inicio de sua liberdade, de mostrar quem é você de verdade, foi tanta pressão durante tanto tempo, e você tentou, tentou mas explodiu e aqui está seu grito sobre isso, perfeita SEM MAIS.
7feets
Morro como já vem outro hino atrás, e como acabei de dizer sobre love with the devil, são os melhores singles de sua carreira e acho dificil supera-los, MARCOU, aqui você exala personalidade, a parceria com o Paul foi perspicaz, escolha certeira, a composição para mim éa melhor do álbum, juntou dois dos melhores compositores do jogo nesse hino, aqui você joga pra fora seus sentimentos sobre você, sobre lutar pra ser quem você é e que não vai mais mudar isso mesmo que as pessoas já julguem seu destino pelas suas escolhas sabe, eu entendi isso, ao mesmo tempo parece falar de um relacionamento que não terá mais volta por que acabou te fazendo muito mal, eu amo demais essa música.
persephone
é uma ótima canção também, eu adorei a produção, vicia muito esses ohhhh e seria um bom futuro single também, pelo que eu entendi aqui você ainda aprece bem vulnerável aos julgamento que são feitos e isso ainda te artomenta de alguma forma e você não quer quer isso aconteça mais, você continuar mostrando seu verdadeiro eu, lutando contra isso por saber que voltando pra esse caminho que sempre te disseram que seria o certo não te trará boas lembranças e felicidade.
worn wing
A vibe dessa música é muito gostosa, amei que você lançou como promo single e eu diria que seria um ótimo ultimo single de era, eu amo músicas nessa vibe baixa sabe, e a letra aqui também fala sobre a liberdade, sobre o fato de depender só da gente de querer mudar para algo que nos faça entender o sentido de viver, por que estamos ali, por que podemos fazer nossas próprias escolhas, encontrar nosso próprio caminho, e ser quem a gente realmente é, eu adorei essa música demais.
emancipation
A vibe dessa música segue a da faixa anterior com uma animada a mais e bem ao estilo lilith de ser, parece falar de um relacionamento vivido que fez bem mal para você e você agora se mostra livre desse relacionamento tóxico, e que vocÊ ta amando ver a derrocada desse susposto ex, a mágoa ta guardada ali, adorei o conjunto da música, votaria como futuro single também com um clipe com historinha, seria perfeito.
sane
Amoo, aqui vem uma vibe bem parecida com o que toca no eve, um blues/soul gostoso de ouvir em formato de confissão aqui você é bem critica em relação a acharem que você é louca só por querer seguir o que você acha que deve seguir, sem precisa ser domada por alguém como algumas pessoas acabam se prestando, muitas vezes se veem presas nessas situação sem ter pra onde correr, adorei a forma como vocÊ botou isso em prática na composição junto do Paul, ótima faixa.
selfhunter
Adorei demais selfhunter, socorro, MEU VOTO MAIOR PRA SINGLE ATÉ O MOMENTO DAS QUE JÁ CITEI, a música passa uma auto confiança incrivel, aqui você fala pra si mesma o quão você é foda, não precisa procurar seus defeitos e erros, por que você agora tem noção de quem é e onde você pode chegar com essa auto confiança, eu amei demais a faixa por completo.
grave
Eu sou suspeito pra falar dessa música, por que eu amo demais o instrumental, então eu já amo por ai, aqui você taca o foda-se pra quem acha que vocÊ não pode ser uma mulher capaz, uma mulher foda e é isso, não gostou, cala boca e vai se fuder, aqui você exala muita força, auto confiança, sua auto estima está lá em cima, e é ótimo ver isso ao final do disco, pois significa que você se encontrou depois de tanto tormento que passou durante o passado, aqui vemos quem realmente você em sua essência e que mais nada importa, apenas sua felicidade e você se sentir livre o suficiente para fazer o que bem entende.
MEU DEU AMIGA, POR FIM UM COMENTÁRIO GERAL, eu simplesmente amei todo trabalho, eu acho que do Chronicles para o eve/lilith você não poderia evoluir mais pois ja tinha atingido seu ápice e você mostrou que eu estava errado e que foi possível, você entregou algo melhor, algo com uma sonoridade diferente e ótima, sem precisar apelar pra música com produções facéis, aqui você mostra uma vulnerabilidade incrivel em todo conjunto e uma produção artistica foda, eu simplesmente estou feliz com esse seu projeto e ver como você amadureceu, é muito bom acompanhar você e ver onde você chegou amiga, parabéns e sucesso SEMPRE. <3
Dono Morningstar chegou pra comentar este acontecimento de suas duas maridas! Estou muito feliz que esses álbuns chegaram aos nossos ouvidos, todo mundo merece ouvir essas obras-primas. Vamos lá:
1. stop thinking it's a phase
Esse álbum começa já com um soco de desabafo. É aquela discussão que temos sempre que alguém ainda acha que estamos em uma fase, quando já se passaram 10 anos e a sua realidade se mantém fixa às suas concepções e relações. É uma canção que se relaciona diretamente em várias realidades; casais lgbtq+, religiões patriarcais e limitadas, como o hinduísmo, onde o homem e a mulher são prometidos um ao outro, sem terem a chance de se apaixonarem por qualquer outro. Eu acredito que, quando a canção consegue se encaixar em diferentes cenários, ela cumpriu o seu papel principal para um artista. Samantha abre o álbum com confiança e certeza de que está entregando algo BOM, é lindo de ver.
2. forgiveness song
Já somos arrebatados logo na segunda faixa. A intro "church" tem uma importância enorme ao se tratar de crianças dizendo o que gostariam de ser se a igreja permitisse. Logo após a intro, temos a canção de libertação de antigos preceitos e mordaças que a igreja nos obrigou a seguir por tanto tempo. A canção tem uma letra cuidadosa e atenciosa. Podemos perceber toda uma dedicação para essa canção, a escrita está no ponto certo e o instrumental é um ponto a mais por trazer essa produção toda encenando uma igreja/coral.
3. allow to eco
Eu achei essa canção muito bem escrita, me lembrou o que eu e Denver nos unimos para trazer com Placebo: a religião não é a cura. Os versos são um show a parte e, diferente de alguns duetos que cheguei a ver pela Empire ultimamente, acho que em allow to eco o instrumental permitiu que a letra se crescesse aos poucos e deixou que tanto Samantha quanto Clara brilhassem em seus momentos. Começando com o som das correntes ao chão, a voz de Deus como opressora e mandando dobrar os joelhos, os berros de ambas. Essa canção é magnífica, é uma continuação merecida de forgiveness song e porraaaa eu só percebi aqui no álbum o cenário de coral que o instrumental tem ao fundo.
4. burn in hell
Aqui, Eve por mais que esteja confiante e consistente em sua decisão, ainda sente uma pitada de medo em relação ao que irá acontecer quando partir desse mundo. Será que ela irá queimar no inferno? Não importa agora: ela espera que não, mas ela não pode voltar atrás. É bonito ver que ainda há uma crença em Deus, mesmo que não acredite na entidade da Igreja como o poder. O instrumental dá um show de vocal e complementa a letra que me faz voltar lá em 2014/2015, pro Jus que ainda não havia se assumido.
5. please, accept me
Pra mim a faixa me ganha já no título. A construção de please, accept me é perfeita, impecável do começo ao fim, da ponta do nome da canção ao final do instrumental com os vocais rasgados e o piano em notas agressivas. Essa canção narra o desespero de Eve para não ser condenada por simplesmente ser o que ela é; Ela cansou de relutar com quem ela é, ela foi criada dessa maneira, então, por que não a aceitam também? Eu consigo mais uma vez fazer um paralelo com a questão LGBTQ+ e acho que você alcançou com maestria esse projeto. No álbum, parece que após burn in hell, Eve está caindo em seus próprios pensamentos fora da cabeça e se deixando cair em tentação. Será que vem aí?
6. letter to mom and dad
fiquei gatilhado e talvez por isso eu não tenha muito pra falar aqui kkkk acho que é uma canção bem sincera em seu ideal, o instrumental foi a cartada mestra pra essa faixa. É um desabafo lindo, parabéns.
7. clergy
Aqui temos uma interlude pra representar nossa queda. Toda a perseguição contra as minorias que consegui captar se inicia aqui e é talvez uma fala direta com o público lgbt+ em específico, sem metáforas pra disfarçar.
8. god bless
Como comentei no single: eu sou fã de qualquer canção com teor ateu ou agnóstico, que mostre um ímpeto de dúvida em relação ao que é imposto pelo clero, isso nunca foi mistério. Assim que god bless começa, temos o refrão de cara trazendo essa mensagem forte que vai se esgueirando entre a narrativa da música como uma cobra até alcançar a mensagem óbvia da música (independente de interpretações laterais) e os vocais em coral do final. A estrutura do instrumental pra mim foi a perfeita escolha para trazer God Bless como lead single. A letra é a chave para uma música de qualidade: é bem escrita, tem metáforas no ponto certo e um enredo perfeito que traz o desabafo LGBTQI+ com as preces de uma mulher exposta e expulsa por ser: humana. Genial! e vamos de começar a queda pra lilica!
1. love with the devil
TO FAZENDO AMOR COM O INFERNO TODO. Abrimos os trabalhos de Lilith com a poderosa love with the devil. A transição de um álbum pro outro, em letra e produção de instrumentais está IMPECÁVEL. Aqui é como se fosse um side B de God Bless mesmo. Love With the Devil é agressiva e é o tipo de faixa que parece colocar os pingos nos i's. É uma composição que me remete diretamente a vivência de muitos jovens presos em uma concepção religiosa, muitas vezes protestante e cristã, que tem suas opiniões bem formadas como pilares da família em relação à mulher e a carne. Aqui é como se tudo fosse menos importante do que como Samantha se comporta: Sua vida, sua carreira, suas escolhas e ideias são reduzidas à forma como ela age, pensa e com quem se deita. Como se isso tudo definisse quem ela é. Não é de se chocar que haveria uma explosão como nesse single.
2. 7feet
A música é um hino, ela é completa entre o real e o imaginário, a metáfora e a realidade, é o combo em equilíbrio e isso fica bem claro em toda a letra. É como se a voz da consciência te dissesse para cair na real, não se iludir nem se entregar a pessoas que não querem honestamente o seu bem. Aqui temos um cross-over entre Lilith e Morningstar, colocando as últimas palavras de Judas na cabeça da condenada. Eu acho essa faixa muito intenso e adoro a ligação que fizemos de um relacionamento abusivo com o do homem com Deus, faz tanto sentido. Ai, eu amo uma blasfêmia arrr.
3. persephone
É incrível como Lilith por ser a primeira mulher se enraizou em toda a representação do sexo e sexualidade feminina. Em persephone, temos aqui mais uma encarnação dessa entidade rebelde e convicta de quem ela é, se recusando a apodrecer, em uma metáfora com a deusa que foi raptada por um deus e forçada a ser submissa e a ser podada para respeitar e se calar. Mas toda rosa tem espinhos e com a deusa das flores não seria diferente. Ela irá semear a cabeça de cada mulher, cada lgbt, cada negro, cada minoria que está com sua voz oprimida.
4. worn wings
Take my hand, stay Joanne. Essa canção foi uma surpresa feliz, não esperava que fosse ver isso aqui no lilith mas eu amei como se encaixou tão bem. É um desabafo feliz e reflexivo sobre as escolhas que fizemos. É também até uma canção romântica, consigo imaginar você olhando pro rosto do boy, deitada no colo dele e pensando "não me deixe cair". É estar cansada de ter que batalhar, ninguém aguenta lutar o tempo inteiro. Ai, delícia, nos faz descansar um pouco e só aproveitar a track perfection. Checkpoint.
5. emancipation
I'M SAMANTHA FRICKIN COOPER. A emancipação veio e com ela a despedida desse relacionamento tóxico com Deus. Aqui eu percebo que a representação de Lilith concluiu a sua dominação e agora, mais do que nunca, vemos uma mulher que tem verdadeiramente certeza de quem ela se tornou, de onde suas escolhas a trouxeram e como ela não se arrepende de ter se emancipado: ela sente que é bom, ela volta a sorrir, ela É LIVRE! É sobre isso que Lilith trata e é lindo.
6. sane
Depois de alguns comentários no evento dizendo que essa faixa seria uma "visita de Eve" eu tive uma nova interpretação da faixa no disco. Mesmo que Lilith tenha dominado e corrompido, a essência de Eve ainda vive, incubada e coexistente. Samantha não conseguiria ser Lilith sem Eve, assim como não conseguiria ser Eve sem Lilith. Em sane, nós podemos encarar essa faixa como um encontro entre as duas personalidades fortes que percebem que elas trilhavam o mesmo caminho de emancipação de um relacionamento que fazia mal para ambas. Eu acho que é uma faixa extremamente forte, por toda a mensagem de empoderamento: Lilith irá corromper todas as mulheres submissas e omissas do mundo!
7. selfhunter
Eu AMO essa música, parece que é a Samantha falando com ela mesma: eu preciso que você entenda que você não é sua própria caçadora. Pare de procurar falhas e pecados em si mesma, garota. Você é incrível! Eu acho que é a faixa mais confiante do disco até aqui, ela é debochada na medida certa, solta alguns shades mas sem fugir da personagem da Lilith. É até humilde pra essa leonina safada que eu amo. Adoro essa música, tenho muito carinho pelo que construímos aqui, aamooo.
8. grave
EU AMO ESSE ROCK, PORRA. Aqui é mais uma música que me permite interpretar muitas coisas. É simplesmente perfeita do começo ao fim. A voz de Paul (a minha? arr falei na terceira pessoa) aqui pode ser interpretada tanto como Morningstar empoderando Lilith e sendo seu mentor-amigo, mas também pode ser uma crítica debochada ao machismo de que a mulher só consegue ter sua voz expressada se tiver um homem por trás. Lilith dá três socos na costela dos viadinhos (obs: o verso 'talvez por um homem você ame melhor' é icônico!) e diz pra eles enfiarem o terço no **: Ela é a primeira mulher e acabou! Toda vez que vocês agirem contra ela, tudo vai voltar para vocês. Ela conversa muito bem com emancipation, com uma voz muito mais agressiva sobre karma.
SAMANTHA COOPER VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO!
Que álbum, que trabalho lindo. Fico muito honrado e orgulhoso de ter feito parte disso, você entregou algo impecável que me deixou muito feliz, por isso fiz questão de conferir seu trabalho em meio a uma semana tão pesada e de luto pra mim; você me deu forças pra voltar a sorrir essa semana! Consegui ver não só a jornada de Samantha Cooper ao auge de sua carreira, mas a jornada desse Victor aí que eu amo tanto e acompanho há tanto tempo, essa luta de poder ser fiel ao seu verdadeiro eu, desde a primeira vez que se reconheceu e se assumiu, a primeira pessoa em off pra quem contou. Tenho muito orgulho não só do disco, mas da pessoa que você se torna a cada dia. Te amo muito e parabéns pelo álbum icônico.
E vamos de comentar esse hinário! Bem, a princípio queria dizer que gostei da ideia, claramente aqui você está navegando numa nova samantha e desbravando suas próprias camadas, então torna tudo ainda mais excitante e animador de conferir, eu lembro de alguns trabalhos seus láaaaaa de anos atrás, e ver você aqui está sendo maravilhoso, então vamos de eve!
stop thinking it's a phase: Começando o álbum de forma bem crua, com um instrumental que quase fica em segundo plano. A música soa quase como uma pequena carta de desabafo para seus pais e familiares. É muito comum que a mãe ou o pai queiram impor um estilo de vida para o filho, e isso só causa frustração para ambas as partes. Gostei de como a faixa ficou, pois ela soa bem amena mas ao mesmo tempo carrega consigo uma grande dor mesclada com alívio.
forgiveness song: Muito bom ter essa canção depois de STI pois aqui você já está se livrando das amarras que te prendiam, você não está esperando mais perdão, está se tornando adulta e dona de si, e a introdução com a voz da criança, deixou a música com um ar pueril, fazendo o interlocutor se conectar com a sua infância, é uma canção muito forte e que apenas vai mostrando como que você se refez e se perdoou de um pecado que nunca foi pecado, adorei! Se não foi single, que seja!
allow to eco: Adorei Clarinha na faixa e combinou muito pois o último álbum da Clara foi sobre questões pessoais muito importantes! Essa faixa é um convite para qualquer pessoa que esteja dentro dessa prisão imposta por terceiros, é uma chamada para a pessoa ponderar e questionar se vai querer viver sua vida de forma ilusória, e também ao meu ver, exibe uma samantha ainda mais forte, pois aqui ela já detém o controle de poder levantar e ajudar outras pessoas questão presas nos mesmos cenários em que ela vivenciava, maravilhosa!
burn in hell: Adorei o instrumental pois deixa a canção ainda mais pesada como ela é! A letra penetra na vida da samantha de forma muito intima, assim como na primeira faixa do álbum, mas aqui você questiona Deus sobre sua vida e sobre o que se tornou, pois mesmo tendo se afastado da igreja, você criou um relacionamento com Ela (Deus pra mim é realmente mulher), e embora você caminhe nessas indagações, você se mantém firma e forte sobre seguir sua vida do jeito que você quer, e o instrumental conforme vai passando, com sua voz se intensificando, vai ficando cada vez mais evidente sua posição e suas escolhas! Amei!
please, accept me: Essa canção emana vulnerabilidade, assim como todo o álbum, mas essa em questão é bem mais íntima, pois toca no âmago da samantha, porque qualquer pessoa lgbt sabe o que é enfrentar esse grande momento do pai ou mãe 'aceitar' a sexualidade do filho. é uma coisa bem complexa, pois você quer quer você e ao mesmo tempo você não quer decepcionar~seus pais, e na música você deixou isso bem claro, infelizmente é uma vivência muito corriqueira. Acho que mesmo colocando dois caminhos para seguir, vejo você ainda mantendo a escolha de ser quem você é. O instrumental eleva a música de forma descomunal e não poderia ter escolhido uma melhor para ilustrar isso. Belíssima canção!
letter to mom and dad: Essa faixa diria que é a continuação da anterior mas ainda de forma mais penetrada, é uma faixa onde você abre espaço para falar sobre os danos que seus pais causaram, um desabafo que vai crescendo no seu vocal que toma todo o controle da música. ao mesmo tempo que é uma carta de desabafo, é também uma forma de se impor e dizer que está cansada de tudo e tudo que passou também.
clergy (interlude): Uma deliciosa forma delicada de cantar e dizer sobre quão nociva a igreja é e foi com pessoas lgbts, seus vocais soam como um grito suave que quebra qualquer barreira.
god bless: Um marco na indústria, e é interessante como soa diferente das outras faixas, o que acabou sendo algo bem positivo, pois nas outras as tonalidades das canções beiravam uma vulnerabilidade, e aqui com essa trap, você está totalmente de cabeça erguida, segura de si, sabendo liderar seu caminho e também sabendo liderar quem quer que seja, é uma reconstrução.
E agora vamos de lilith!
love with the devil: Acho que essa é até uma espécie de continuação de god bless, mas num cenário totalmente diferente, pois ao meu ver, embora você esboce todo esse poder e com a mente feita, ainda sinto um certo ressentimento, um certo peso que você carrega, acho que ao mesmo tempo que você está sob o poder da situação, todo aquele 'inferno' que você passou ainda paira em você, então seria bem como uma forma de rebelião interna e também uma rebelião na sua própria fé.
7feets: Agora caminhando pelo álbum, a minha visão sobre essa música deturpou completamente, porque já vejo ela como um voto de confiança consigo mesmo, no sentido de não se perder, de não permitir que ninguém mude você novamente ou que alguém controle você novamente, então é melhor estar morta do que passar por isso, do que ser condenada mais uma vez por algo ou alguém, perfeita!
persephone: Que música foda! Eu recomendaria como single! Seguindo a minha linear, aqui você não escapou da condenação e acabou caindo nesse inferno pessoal que te assombra de todas as formas, e ao mesmo tempo que passa por isso, você se mantém verdadeira, continua relutando contra qualquer mudança, e assim como tem feito pelo álbum todo, vai conseguir tirar forças de si mesma para poder triunfar, ameiii!
worn wing: Depois de uma longa jornada de altos e muitos baixos, essa canção soa como uma suspiro de cansaço e ao mesmo tempo de alívio, porque é difícil manter-se forte o tempo todo, e aqui você mostra um pouco da sua dor e descontentamento, mas também deixa claro que sua liberdade é o que importa. Pode estar cansada, mas foi um preço bom a ser pago.
emancipation: Embora seja para relacionamento tóxicos com homens, acredito que também se aplica para pais e familiares, porque não é porque você tem um laço biológico que você precisa permitir e engolir tudo só porque é 'família', então acredito que exista uma emancipação nisso também, de poder se livrar de toda essa carga tóxica e buscar novos ares e pessoas! Gostaria também como single caso não tenha sido.
sane: Gostei em como essa faixa mostra uma espécie de confronto entre o homem e a mulher, ambos podem fazer as mesmas coisas, mas somente o homem tem mais acesso a liberdade, e a verdade é que todos vão morrer, se f*der de qualquer jeito, ninguém é 'melhor' que ninguém pode nada, e mesmo abatida você se mantém resiliente para enfrentar e confrontar, gostei.
selfhunter: Aqui parece você dando um toque em si mesma, caminhando pela sua vida íntima e carreira, sinto também que assim como worn wing, você busca uma certa calmaria, um momento onde possa relaxar, onde ninguém vai te questionar ou pressionar, é uma faixa bem gostosinha de ouvir, e adorei o paul no finalzinho.
grave: Finalizando o álbum e canalizando a persona lilith, essa música fez eu pensar que talvez você tenha moldado um homem como Deus, e assim vai confrontando e ao mesmo tempo vai mostrando sua força, depois de ser tão massacrada, você meio que agora possui todo esse poder e se mantém bem altiva, e com uma força imensurável, e esse rock pesado apenas elevou toda a postura que você assumiu na música, e assim como vários falaram, single!
Foi uma jornada esse álbum! Confesso que me identifiquei bastante com a parte Eve pois me vi muito nela e claramente há todo o seu coração. Durante o álbum você sempre se manteve fiel a quem você é e sobre quem você quer ser, e você também abriu espaço para curar suas feridas, e buscou em lilith uma forma de canalizar e expressar esse seu novo lado, que provavelmente sempre esteve presente, mas omisso por conta das constantes opressões. Eu amei de verdade, é uma viagem, acho até que uma versão visual seria foda porque é um álbum que tecla em 'seja você mesmo' acima de qualquer coisa. Muito parabéns e o site e tudo ficou lindo!!!
Finalmente vamos de Eva e Llilica, agora é o momento da Fifork se vingar né?
stop thinking it's a phase - Abrimos o álbum com um pedido de aceitação, com um pedido para sua família não te abandonar e achar que isso é só uma fase e você vai se curar mas não, esse é você! No último verso você deixa bem claro que vai recomeçar mas que só queria recomeçar com o apoio da sua família também.
church - A intro foda! Ao som de um instrumental que eu gosto muito no off. Essa intro mostra crianças sendo influenciadas por pensamentos e ensinamentos que a igreja traz para cada uma delas e ela complementa muito oq está por vir na próxima faixa.
Forgiveness Song - CARALHO QUE MÚSICA FODA! Por enquanto é minha música favorita do álbum, aqui vemos você se abrindo e se libertando. Isso não é uma canção de desculpas, é uma canção de libertação e que ninguém poderá te julgar, apenas Deus. Isso tem que ser single urgentemente.
allow to eco - Minha canções favoritas em off em sequência, surtandoooo. Cara, essa música é muito forte tanto no instrumental e quanto liricamente, não devemos deixar nenhuma voz ecoar em nossa cabeça pedindo nossa redenção e dizendo que estamos erradas, nós devemos seguir a nossa própria voz! Minha mensagem vai ecoar porra!!! Faça isso de single logo Samantha, não faça a burrada de jogar essa oportunidade fora.
burn in hell - Esse instrumental é muito lindo, eu fico vidrado nessa orquestra maravilhosa e até me perco. Essa letra é muito linda também, uma das mais fortes do álbum e vemos que você está pedindo para que sua alma não queime no inferno, já que você está abandonando seus conceitos e ideias do passado. No fim dessa música vemos você se descobrindo também, é algo como uma auto-descoberta ao decorrer da música e no fim você declara que não precisa se reprimir e nem temer por algo e por ninguém.
please, aceppt me - E vamos de mais músicas fortes e emocionantes. Essa com certeza é uma das melhores do álbum né? Você pede para que te aceitem da forma que você é, você tinha medo de se abrir mas esperava que no fim eles conseguiriam entender e te amar do jeito que sempre te amaram. Você pede que eles te aceitem e também mudem a forma que eles pensam e agem, por você! É uma música muito linda, talvez a mais linda do álbum e entendo toda a aclamação, era algo que estava preso dentro de você há muito tempo. A melhor faixa do álbum para mim até aqui.
letters to mom and dad - Essa música é uma daquelas que toca você no off e nesse álbum não é diferente....
Essa música é totalmente declarada para seu pai e sua mãe, no primeiro verso vemos vocês se questionando se seria tudo diferente se ele não estivesse se afastado de você e sua família. No segundo verso vemos você ainda amando sua mãe, mesmo depois dela não se permitir te aceitar e também te deixar para trás. Aqui vemos que apesar de toda a dor, você sempre os amará e se algum dia eles te procurarem você sempre dará uma nova chance para eles acima de tudo. Essa música me deixou bem gatilhado de verdade, é algo tão pessoal e ao mesmo tempo tão aberto já que muitas pessoas passaram e ainda passam por isso.
Clergy - E vamos de clero abrindo a Lilica e falando de como a igreja deixou sua mente tão destruída e acabada.
god bless - Essa música é tudo!!!! Quando eu li essa música pela primeira vez, reli ela umas 2 vezes por motivos de que sou meio burra né mas depois aclamei demais. Essa música fala sobre toda sua passagem, sua dor e também como você ficou forte pós isso e está pronta para uma nova jornada, para novos jardins e sério, fez a escolha certa em ter lançado essa faixa como um dos leads.
Liliquinha amiga, quanto tempo que eu não te vejo.....
love with the devil - Essa música é genial, eu amo o fato de como você se refere a si mesma e também a Lilith, aqui vemos uma Samantha mais poderosa e também fria. Eles podem até ter vergonha mas ninguém poderá lhe segurar, ela não irá se submeter e nunca se calar diante acusações dos outros e principalmente, ninguém vai impor nada a ela. Eu amo essa música, eu conheço pouco da sua carreira mas posso dizer que é uma das melhores dela.
7 feets - A sequência de hits, amoooooo!!
Essa música é o melhor desse single dessa era, eu sinto toda a dor e a fúria quando ouço essa música. Lendo a letra nós vemos você dizendo novamente que não está aqui para se submeter e sim eu vejo essa música como um relacionamento tóxico, mas é um relacionamento onde você começa a perceber que a errada dessa história não é você. Essa é você e podem até tentar mas nunca vão conseguir mudar sua essência para agradar outra pessoa. Continua muito bem o álbum.
persephone - Só instrumentais no ponto, né? Essa letra é muito bonita e bem trabalhada, você traz ótimas metáforas e retrata bem um relacionamento abusivo fazendo referência a deusa perséfone, apesar de todos os pesares você ainda acredita e espera uma luz no fim do túnel que possa te libertar dessa relação tão tóxica.
worn wigs - Esse instrumental eu confesso que não esperava, essa parte country do álbum me chocou bastante e foi até que um choque positivo. Aqui vemos uma canção de esperança que condiz muito com a última faixa, você mesmo com todas as quedas está pronta para se levantar, reerguer e mudar como pessoa. Você não precisa depender de ninguém, a mudança vem apenas de você. Voltando sobre o instrumental, foi um ótimo acerto mas foi um arrisco jogar esse country pós faixas tão pesadas em questão de produção.
emancipation - Eu nem li a letra mas já sei o potencial de isso ser um enorme hit, então trabalhe bem nisto. Aqui vemos você se emancipando totalmente como Harley se emancipou em Birds Of Prey e puts: essa é talvez a faixa mais impactante do álbum! Você se liberta e abandona todo os vestígios de um relacionamento tão tóxico que você viveu e agora você é livre, está liberta e ele? que sofra o karma após de te fazer tanto sofrer.
Sane - Mais uma produção arriscada! Essa produção me lembrou muito o eve pela r&b entregue nas primeiras faixas mas essa letra mostra mais da nossa querida lilith. Após a libertação você reflete sobre toda a sua vida e história com aquela pessoa, como você era alguém submissa e tinha medo de se impor aos desejos daquele cara e como isso te deixou totalmente destabilizada emocionalmente, um caso muito comum em relacionamentos abusivos. Próximo single, por favor.
selfhunter - Ainda bem que você usou essa música. Acho que essa faixa fala sobre a pressão que você teve e sempre tem de entregar trabalhos perfeitos e também sobre certos julgamentos por acharem que por você ser talentosa, seu ego pode ser enorme também. Agora vemos você buscando uma nova perspectiva de sua carreira e também de ser humano, é uma ótima faixa e combina muito com o conceito do álbum já que você traz ótimas referências religiosas e inteligentes que se encaixam com a música. Outro single também.
grave - O HINO MEU DEUSSSSSSSSSSSSSSSSSS.
Você se emancipou e agora é a rainha da porra toda, aqui vemos todo o seu poder nessa faixa que tem um instrumental belíssimo e a composição disso foi algo muito bem feito. Aqui também você desconta toda a sua fúria e após acabarem com a sua sanidade, quem está se fudendo é ela. Nem preciso dizer que precisa ser single né?
Samantha do céu, você conseguiu trazer um álbum totalmente incrível com algo bem idealizado e executado, sério! O trabalho lírico nesse álbum foi algo que me chocou, você evolui a cada trabalho e aqui não é diferente porque você joga todos os seus sentimentos de tristeza, fúria, percas e também reviravoltas positivas em sua vida com faixas totalmente incríveis e bem produzidas. Falando em bem produzidas, as produções de todas as músicas são impecáveis já que você traz uma grande experiência sonora para ouvirmos do início ao fim, com bastante coesão e com a minha aclamação. Esse álbum merece muito estar indicado em AOTY e sem dúvidas é um dos fortes concorrentes a levar, parabéns Sam e Paul por trabalharem juntos em um projeto único aqui no game.
Dowayne speaking:
Samantha, finalmente cheguei para comentar seu tão aclamado álbum. Primeiro, que site lindo, amiga. Toda a forma como ele foi organizado, o esquema de cores das capas, casando com o background principal do site, tudo muito bem pensado para ficar marcado antes mesmo de dar play no álbum. Adorei e me deixou mais ancioso ainda para conhecer a parte principal dele, que são as músicas. A explicação que é dada logo de início no site, situa o ouvinte de forma extremamente maestral. Esse lance de dividir os players dos álbuns e inverter as cores (preto para eve e branco para lilith) é algo que nos deixa confuso de uma forma extremamente inteligente. Vamos às faixas:
Eu já comecei querendo fechar tudo e parar de comentar pq stop thinking is a phase mexeu muito comigo emocionalmente. Eu senti a verdade de cada linha escrita, eu vi seu filme, nosso filme, passando na minha mente enquanto eu lia e o instrumental inundava meus ouvidos. Espero chegar ao final do álbum em plena consciência, amiga.
forgiveness song é uma canção extremamente forte e que deixa sua mensagem muito clara. O instrumental faz um belo trabalho acompanhando a canção. A voz das crianças deu um tom mais místico para a música e para toda a mensagem que a mesma passa. Os vocais fortes combinam com o sentimento que a canção expressa em sua letra.
A qualidade da mensagem e das canções em si continua sendo mantida em allow to eco. Vc e Clara juntas fizeram uma canção ótima, mostrando força feminina e uma mensagem de autoaceitação que precisava ser dita, de forma clara, como foi feito aqui. É perceptível na voz das duas que a dor que cantam é algo real, ou pelo menos foi.
burn in hell é outra canção extremamente forte, com uma mensagem extremamente objetiva e vocais bem mais elaborados que os iniciais, embora todos estejam bem lindos. Vemos aqui as primeiras influências de rock que teremos no resto do álbum, ao meu ver. É um instrumental que logo cedo deixa sua marca e é mantido com maestria por vc.
please, accept me é a faixa mais forte do álbum até agora, a mais emocionante, a que eu comentei chorando escondido. É incrível como esse jogo mexe com a gente emocionalmente. Estava lendo PAM e fui transportado para momentos de minha própria vida, onde os versos da música aconteceram comigo e eu senti que eu poderia escrever essa canção com vc, mas não tão bem quanto vc, narrando o que vc passou/passa. A confusão consigo mesma retratada na música e que podemos encontrar na vida de muitos de nós, é um fator que faz com que nos conectemos bastante com a faixa, de forma bem celestial mesmo, como se após o fim dela todo o mundo se transformasse em um lugar de aceitação e amor puro, incondicional. Muito obrigado por essa faixa, Sam/Jus, ela é extremamente necessária dentro do jogo e em minha vida em off.
clergy é um interlúdio muito bem situado dentro do álbum e mostra de forma bastante direta a mensagem que quer passar. Os vocais são o ponto chave dessa canção.
Apesar de a mensagem de god bless ser completamente condizente com a proposta da história contada em eve, acredito que o instrumental ficou um pouco deslocado no meio do resto do conjunto da obra. A letra em si já traz um pouco do que foi prometido para o lilith e talvez por isso tenha sido colocada nessa posição no álbum, se foi, parabéns pela percepção, ficou ótima.
lilith começa com a poderosíssima love with the devil, que dá um panorama imenso do que vamos encontrar por aqui, ao meu ver. A mensagem é bastante clara, as palavras extremamente bem colocadas e toda a força depositada no instrumental faz dela uma das obras primas do álbum, atrás apenas de please, accept me.
Em 7feets vc e Paul fazem um trabalho fantástico de interpretação da mensagem que a música passa. As duas vozes se casam de uma forma linda, como se tivessem sido feitas para estar juntas e nessa canção em específico. Adorei as metáforas que trouxeram na letra, assim também como as frases mais diretas. Paul já faz um personagem em seus trabalhos e acho que ele abrilhantou muito o seu álbum trazendo o personagem pra cá.
A mensagem de volta por cima, de comando e de controle da situação que persephone traz é extremamente necessária e coesa com o que o álbum vem tratando até agora. Vc abusa de vocais bem elaborados e lindos para passar uma mensagem de poder feminino, de não-dominação e de superação de adversidades.
A sonoridade de worn wings é algo que eu esperaria ouvir no eve. Acredito que os comentários que vi no grupo antes de vir, de fato, comentar o álbum, me fizeram segmentar bastante os dois e não esperar algo de um no outro. Não sei se isso é bom. Mas a mensagem é super necessária e cantada de uma forma linda. O fato de eu achar que a sonoridade se encaixaria melhor no eve nãoq uer dizer que é ruim, nem de longe, eu amei essa.
emancipation é uma faixa extremamente necessária e acredito, também, que muito bem colocada aqui. A melodia é uma delícia, taz a identidade sonora desta parte do álbum e a mensagem bem clara de libertação dá continuidade a toda uma história que foi contada anteriormente.
Essa sensação de liberdade vista em sane já foi vista em outras faixas do álbum mas não fica cansativa e nem repetitiva aqui. É bastante interessante que vc saiba fazer esse movimento de escrita. O instrumental abrange a música de uma forma bastante completa, aproveitando o espaço dos vocais de destacando.
selfhunter começa a arrematar a mensagem contida em todo o álbum, mostrando que a personagem encarnada por Samantha já está confiante o bastante para deixar essa mensagem de confiança para os ouvintes. A composição ficou muito boa com esse time de peso por trás.
grave é o último grito de poder do álbum e encerra ele dentro da vibe proposta, de forma muito inteligente e com uma composição bem mais livre e desprendida que as outras.
Sam, num geral, eu amei o seu álbum e achei que vc fez e continua fazendo um trabalho extremamente memorável, que vai deixar esta era em nossas mentes e corações. Não esquecerei jamais de PAM, que, disparada, é a melhor do álbum para mim. Teci elogios no começo e também estou tecendo no final pq vc merece muito. Ah, e me desculpa por não ter comentado letter to mom and dad, eu simplesmente não conseguiria mesmo.
stop thinking it's a phase é um ótimo começo pro álbum, com essa pegada mais acústica e transparente, dando um tom bastante melancólico a composição que traz em si uma honestidade enorme em relação aos sentimentos da Sam. forgiveness song é excelente, a composição é muito bem estruturada e a introdução caiu muito bem também com as crianças. Aqui já conseguimos entender um pouco melhor a narrativa que você está trazendo pro disco, e a entrega de vocais está no ponto. allow to eco seguimos com uma sonoridade bastante coesa, e as letras se complementando como passos durante essa busca pela liberdade como você comentou na introdução. O ponto alto de allow to eco pra mim é pré-refrão, acho que é a parte mais forte da composição e a que conversa diretamente com quem está ouvindo. A participação da Clara foi bastante interessante pra música e os vocais casaram muito bem. burn in hell o instrumental é um dos meus favoritos sem dúvidas, a produção aqui é impecável. Ele soa um pouco deslocado em alguns aspectos, mas entendo a escolha perfeitamente. Eu esperava algo diferente da composição, talvez pelo verso que mais me chamou a atenção em allow to eco, mas mesmo assim é uma composição bastante forte, principalmente quando combinada a estes vocais. please, accept me acho que estamos no ponto alto do disco aqui. A composição dessa música consegue fazer a gente imergir na sua história de uma forma muito envolvente, você consegue sentir o struggle quando diz que está pedindo pra ser aceita, mas também pede pra que haja a mudança. O instrumental é maravilhoso, e os vocais não ficam pra trás. letter to mom and dad é uma das composições mais lindas que eu já li aqui, de verdade. É sincera, honesta, e os vocais carregam a emoção que você traz nessa conversa com seus pais, eu achei simplesmente incrível. clergy é uma interlude bastante forte, e ela precede uma das suas faixas mais icônicas, que é god bless. GB traz a melhor composição da primeira parte deste disco, isso posso te dizer com muita tranquilidade. Acho que tendo como base o que você trouxe nas faixas anteriores, aqui você está se libertando de fato e abraçando quem você é, na tentativa de mostrar a quem ainda sofre se reprimindo que este não é o caminho mais saudável.
Em geral o Eve é um album coeso, bastante emocional, vulnerável, e traz muito do seu coração o que é bem perceptível. As faixas estão bem escritas, e em relação a produção, acho que a única coisa que eu mudaria seria a ordem de algumas músicas. Acho que burn in hell cairia muito bem entre please e letter sonoramente falando, claro que tendo em mente que você pensou nas composições como um todo isso talvez afetaria as letras.
love with the devil é uma faixa bem controversa sobre aceitação, mas é basicamente uma metáfora do que muitas pessoas LGBT vivem em relação a quem são e a base familiar fundamentada na igreja católica. Eu adoro essa faixa, e fico feliz pelo sucesso dela! 7 feets é um xodó né, eu adoro essa colaboração entre você e o Paulinho, adoro o instrumental da faixa, os vocais, o final é simplesmente de arrepiar até a espinha, e a composição fala sobre ser fiel e honesta a quem você é de verdade, e aceitar as consequências disso visto que infelizmente vivemos em uma sociedade que condena e julga. persephone tem uma composição bastante forte também, o que eu gosto da letra é que mesmo você trazendo referências de perséfone, ela fácilmente se encaixaria como lilith também, visto que você deixa claro que já que está presa no inferno, vai governá-lo como quem diz: já que tem que fazer, vamos fazer direito então! Eu entendi o que você quis dizer, mas também captei uma vibe de fazer liberdade da sua própria prisão? worn wings é a mais gostosinha desse projeto no quesito produção, eu adoro como a letra e o instrumental conversam e a forma como você utiliza os vocais pra dar vida a ela visto que o instrumental é basicamente o violão. A composição é bastante tocante também, mostra a sua força mas também o desgaste, afinal ninguém é indestrutível. emancipation é uma das minhas favoritas sem dúvidas, acho que tem um potencial gigantesco pra ser um single smash hit, e traz uma letra bastante sincera mas ao mesmo tempo ela te prende porque os versos são bem pensados, destaque para a parte em que você deseja o melhor mas em seguida já assume que aquilo não é real, só um clichê que as pessoas costumam dizer pra "ficar tudo bem". sane é muito boa, o instrumental é muito bom, e a composição entrega bem a mensagem que você quer passar de aparentar ser insana só por abraçar a sua liberdade. selfhunter é uma das composições mais intrigantes desse projeto, e eu adoro que ela segue com a vibe proposta pelo disco, com uma pegada de pop chiclete no refrão e seus la la las, mas os versos rápidos e a composição sobre ser subestimada e sobre ser conhecida pelo o que os outros falam sobre você tornaram a música um potencial mega hit. O final com o Paul também, ficou ótimo! grave mais uma dos dois hein, que parceria! A letra é bastante intensa e direta, combinou muito com o instrumental e os vocais "rasgados" passando essa revolta e necessidade de fazer a verdade ecoar. Essa ideia de que as vezes as pessoas só escutam as coisas quando são ditas por homens é a mais pura verdade, e achei a jogada desse contexto genial aqui.
Sam, agora o geralzão do Lilith e considerações finais. A segunda parte do disco ela é muito boa, ela traz essa a sensação de leveza, mas com uma intensidade no caminho percorrido até você encontrar a sua liberdade. Em relação a sonoridade, eu gostei muito também, mas em um determinado momento eu senti que voltamos pro Eve, e aí voltamos de novo pro Lilith, isso aconteceu em sane pra ser mais específica. Mas em geral é um projeto muito lindo, pois você está se abrindo aqui pra que as pessoas conheçam a tua história e sendo o mais verdadeira possível. Acho que o trabalho está incrível e é sim um marco na sua trajetória! Parabéns!
stop think it's a phase
Essa música pra mim funcionou como um desabafo sobre as expectativas que as pessoas têm sobre você, mais especificamente seus familiares. Aqui você não deixa claro sobre o que seriam essas expectativas mas a impressão que eu tive realmente foi a de ser uma gayzinha no meio de uma família terrivelmente evangélica. Eu gostei da escolha como uma introdução, sabe? é uma música bem curtinha mas ela vai direto ao ponto deixando o seu recado.
forgiveness song
Gritei que usou a intro e montou essa música AAAAR
Essa church que serviu como intro combinou perfeitamente com a música em seguida. Aquelas crianças da introdução se mostram quem elas realmente são e ao mesmo tempo mostra que vão contra o que a igreja ensina e prega. forgiveness song vem como um outro desabafo onde Samantha não carrega culpa alguma sobre o que as pessoas querem que ela seja, afinal, isso não é problema dela.
allow to eco feat. clara kant
Essa música tem um instrumental poderosíssimo e seria uma boa escolha pra single caso a Clara se junta-se a Samantha para o tal. A letra foi MUITO bem escrita, consegui entender que é uma música de auto-aceitação onde Samantha filtra todas as informações e simplesmente se assume como pessoa que ela é e o resto que lute. Os vocais desse faixa são PERFEITOS! Merecia uma performance babadeira no Grammys.
burn in hell
Começando pelo instrumental que é FODA e com certeza um dos meus favoritos do álbum. Em burn in hell me parece que apesar de toda convicção que Samantha tem de que não está fazendo nada de errado em ser quem realmente é, ela ainda carrega dento de aí aquilo que aprendeu na igreja e as vezes fica receosa quanto a isso. Posso dizer que isso seria uma sequela por ter crescido dentro da igreja? E eu tô amando que esse álbum os vocais estão bem mais trabalhado e ganhando mais destaques.
please me add no orkut
Essa música nem deveria existir pelo simples fato de que sua mãe não deveria te tratar dessa forma, mas como nem tudo é da forma que deveria ser... A letra é muito forte, ela parece desesperada, ela fica praticamente de joelhos implorando para ser aceita, é triste e me tocou profundamente. Mas ao mesmo tempo eu vejo que você também está forte quando diz que não vai cansar de pedir para ser aceito e você não desiste. Mensagem linda e necessária.
letter to mom and dad
Minha nossa... tem que ter muita coragem para se expôr dessa forma assim tão abertamente para tantas pessoas, mas também deve ser tão aliciante colocar isso pra fora. Quero primeiro dizer que as escolhas de instrumentais até agora estão impecáveis, eu estou amando! Mas falando da letra, ela é muito pessoal e aqui você já não tem uso de metáforas mirabolantes, aqui você está nua e crua colocando pingos nos is e deixando a mostra as feridas causadas pelos problemas familiares com seus pais. Ai essa é emocionalmente muito pesada.
clergy
Samantha serviu vocais! Eu amo essa intro.
god bless
puuuutz que perfeição
Dentro do álbum essa música veio pra fechar a parte de Eve com chave de ouro, agora tudo faz sentido com esse single pra mim kkk nossa eu amei demais. Eu estava preocupada em como god bless poderia estar encaixada dentro da sonoridade de Eve que é diferente mas fez total sentido agora pq nas anteriores ela estava remoendo o passado e agora MUDOU e está lascando o fodassseeeeee caralho.
e vamos de lilica ripilica agora
love with the devil
Aqui Samantha já mostra um pouco da sua personalidade Lilith, ela tá ácida, ela tá o cão. E apesar de ser "diferente" da primeira parte do álbum, ela parece estar muito ligada com a música anterior, god bless, e talvez por isso essas duas foram singles juntos pois elas se completam AAAAR
Também noto um grito de liberdade, aqui parece que finalmente Samantha se sente livre de todo o passado vivido na igreja. Ela é totalmente o oposto do que foi canta do em burn in hell que a pesar das duas falaram de ser quem realmente é, em bih ela ainda era receosa mas em lwtd ela tem 100% de convicção do que quer.
7 feets feat. paul carter
Ficar falando de 7 palmos no meio de uma pandemia, amada? mais respeito por favor.
7 feets é um dos grandes hits do momento e não é por acaso. Essa música merece toda aclamação do mundo, ela juntou dois grandes amigos que foram capazes de desenvolver uma obra prima. A letra segue na mesma linha de abordagens pesadas que está sendo um grande destaque do álbum junto aos vocais. Aqui Samantha prefere queimar no mármore do inferno do que deixar de ser quem ela é, ela não se vende, ela não se submete.
persephone
Persephone nos traz vocais mais rasgados no seu refrão, seu tom de voz é mais agressivo e isso trouxe mais emoção a música. Lendo a letra me parece que apesar de tudo que aconteceu, agora você acredita em dias melhores criando esperanças.
worn wings
take my hand, stay joanne
Vou começar falando sobre a sonoridade de worn wings. Ela é bem diferente do que eu realmente esperava ouvir mas não é pro lado ruim, eu adoro um countryzinho, acho uma delícia, só foi um shock mesmo kkk
Sobre a letra, me pareceu que Lilica deu uma flertada com o lado Eve por se tratar de algo mais vunerável para o estilo que esperava de Lilica, me desculpe se estiver confundindo as coisas. Mas é uma letra bem escrita, é sobre se amar(?) e saber que você sempre estará lá para você mesma(?), é sobre saber que sua liberdade é sua e que ngm tem nada a ver com isso(?), acho que tem vários tipos de interpretações mas que nos levam a um só que é a tal de liberdade.
emancipation
ainda na vibe de paula fernandes
Eu amei essaaaaaa, tem que ser single pfvr
Quando ela começou a falar de liberdade, ela estava falando de tudo que sobrou até pro relacionamento tóxico que estava vivendo. Eu estou me emancipando caralho, agora se fode aí. Eu adorei essa música em sequência logo atrás de worn wings, até por conta da sonoridade mesmo, esse country com rock bem gostosinho.
sane
Nessa música, Samara mostra pro boy que tanto ele quanto ela estão propícios a erros, foi assim que entendi. Quando ele diz que ela não está sã, tentando fazer ela acreditar nisso, ele só prova o quão errado ele está. Samantha continua cantando, ela pode realmente não está sã mas ele está errado mesmo são. Tu entendeu né? Me enrolei toda nesse caralho kkkkkkkk só sei que essa porra tem que ser single também. Sonoramente falando, eu achei que sane poderia estar dentro de Eve por concordar que o som casa muito mais lá.Mas sua letra faz com que sane fique muito bem obrigada aqui em Lilica.
selfhunter
aaaaar eu amei essa sonoridade meio malhação de 2003
Acho que chegou no momento do álbum em que a mensagem é "respire fundo e vamos fazer uma autoavaliação?" pois temos muitas pessoas que se sabotam e nem percebem. Acho que é sobre isso né?
grave feat. paul carter
eu vou deixar o grave bater eeee esse eu quero ver bumbum mexer eeee eeee mc kevinho amo
Eu juro que esse era um dos instrumentais que eu mais queria usar na Empire mas nunca me surgiu a oportunidade de encostar nele e ainda bem que caiu em boas mãos. Eu amo uma vibe feminista e Samantha fez essa linha com maestria, a letra super agressiva assim como o instrumental, tudo combinou muito! Eu quero muito que seja single, ela precisa ser!!!! E se não for eu vou mandar tu se fu, se fu, se fu, se fuder baby.
considerações finais:
Esse com toda certeza é um dos maiores álbuns que já ouvi na Empire, tanto liricamente quanto vocalmente e sonoramente. Samantha nos serviu um prato cheio de músicas boas de qualidade e com lindas mensagens empoderadoras que servem pra gente ouvir quando bater aquele vazio no coração. Não vou fazer comparação de Eve x Lilith pq não tem nem como, as duas alí no meio uma hora ou outra flertam e o álbum é um só. Muito parabéns por esse trabalho amiga, ficou maravilhoso!!
Finalmente eu cheguei para prestigiar essa bíblia! Eu já tenho algumas opiniões previas sobre essa sua nova era: a nível estético você conseguiu dar uma cara muito forte, muito coesa e seguindo um conceito de dualidade muito bem executado. A capa(s) do(s) disco(s) está sensacional, simples, bem direta e tem um impacto com essa olhar bem direto. As escolhas de Singles e divulgação até o momento têm sido muito bem boladas. Está tudo muito bem cuidado e feito com bastante amor, isso é Muito notório, se sente ao curtir o disco. Vamos começar então?
EVE
A abertura do disco me surpreendeu, não contava que fosse abrir numa onda mais suave, mais crua, nesse desabafo. E que desabafo hein? A clareza com que seus sentimentos passam e representam a realidade de muitos nós é bem notória, não deixa dúvidas sobre as dificuldadees que sentimos, sofremos, stop thinking it's a phase é muito bem direta nisso, com essa guitarrinha bem suave, cria uma atmosfera boa. Entrando em forgiveness song, com essa intro sobre nossa liberdade e como as vezes ela é castrada, foi bem bonito e da outro significado mais especial para a música. Você entrega uma canção com bastante apelo comercial e super deliciosa de se ouvir, ela vai crescendo em nós e transparecendo cada coisa que você quer passar de maneira bem clara. A primeira frase me pegou, mais uma semana de terapia, é foda. Quantos irmãos ao redor do mundo passam por isso, acreditando que podem ser curados, quando não fazem nada de errado. A música funciona e passa a mensagem sem nenhuma dificuldade. Você trouxe Clara Kant e obviamente eu já esperava mas... Letra pesada hein? allo the eco entrega vocais super poderosos, crus, passando bastante emoção e vocês casam muito bem vocalmente. O destaque vai claramente para a letra, que composição! Que poesia! Eu consegui mais uma vez me identificar com bastante parte dela, as coisas que vamos ouvindo enquanto crescemos, que os outros dizem por aí ou nos dizem diretamente. Estou adorando a vibe do disco até agora, ele não está super forte mas ainda assim está, se me faço entender. Continuando a saga de Eve nesse julgamento a que o mundo a põe, ironicamente numa pegada meio gospel, burn in hell tem um certo apelo curioso sobre ela. Ela tem um envolvimento mais sensual, pela pegada de estilo que ela propõe. As composições continuam num nível ótimo, super sinceras e muito coesas, diretas. Isso tá me pegando de surpresa, estava pronto para ter que decifrar enigmas mas não, até aqui tudo é bem claro e cru, sentimentos expostos sem formas de interpretação. Lendo as poesias conseguimos entender bem, acompanhando a descrição elas só se confirmam. Pessoalmente uma das minhas favoritas até agora. Faz sentido agora onde please, accept me se insere, um grito de desespero final depois de tanta tormenta e de tanto julgamento e de tanta tentativa de intervenção. Aqui você se entrega sem medos aquilo que você precisa, vocalmente e liricamente e implora por poder ser quem você é sem que ninguém mais te aponte o dedo. Seguindo ainda a vibe mais suave musicalmente, os vocais são do caralho e entende-se o porquê de ser single. Música 10/10, sem sombra de dúvidas. Hora de chorar, eu consegui me ver TANTO TANTO nessa música. Com letter do mom and dad eu não consigo dizer muito sem soar repetitivo, só quero te dizer que me gatilhou um pouco, pra não dizer bastante. Esta é uma poesia que muitos de nós poderíamos publicar para nossas famílias e estaríamos sendo extremamente sinceros. Simples, bonita e bem executada. Para finalizar a sua saga de aceitação, clergy e god bless funcionam como uma só na minha opinião. E o single que tanto já amava agora se torna ainda mais claro e mais intenso. Sem dúvida temos o momento mais comercial do disco até agora, casando ainda com toda a sonoridade que tem sido entregada nas faixas anteriores. Ela soa bem apoteótica, um grito de liberdade e finalmente alcançar um patamar de seguir em frente e começar a viver a sua vida sem receios, sem medos. Tantas pedras, tantas críticas, tudo isso agora curou e você está pronta para ser a mulher que merece e que você quer ser.
LILITH
Tendo em conta o que disse no final, love with the devil faz total sentido. Ela é uma das minhas favoritas, pela força que ela tem, essa agressividade. Na história que você está nos levando ela agora faz muito mais sentido do que alguma vez fez. Claramente podemos ver a sua transformação e a mudança de posicionamento na vida, tomando as rédeas dauqilo que você é, essa agressividade. Um hit que ja sabemos, outro ponto bem alto da trajetória até agora e eu sou um viciado nessa música, principalmente pelo significado que você lhe deu. Aquela ideia que tinha de metáforas, agora se aplica. Lilith está se apresentando muito mais misteriosa nas suas palavras, o que não é ruim. Em 7 feets você da voz a quem tanto te ajudou na liberação deste disco, você casam muito bem vocalmente e as influências são super claras, soam coesas. Seus sentimentos são seus e Ninguém pode mais te falar, se o quiserem fazer, prefere morrer. Você luta contra qualquer julgamento impróprio e não pedido e busca bastante pela sinceridade e se manter honesta a sua essência e seu propósito no mundo, um gênio de composição. Persephone poderia ser um óptimo single, ela tem uma pegada mais densa mas bem rádiofonica. Estou achando curisoos que os vossos estilos estão bem equilibrado: notoriamente temos uma composição com vários traços do Paul mas bem adaptada a sua narrativa e estilo, achei bem curioso isso. A música vem com mais uma boa poesia que continua agregando detalhes e aprofundando sobre a essência de Lilith. Staaaay Joanne! Brincadeira, mas a era folk chega para todos não é mesmo? worn wings é bela pela fragilidade que ela tem. Mesmo falando de liberdade, do cansaço que a busca por ela causa, enfim, tendo uma temática forte, a vulnerabilidade dela faz da faixa ainda mais especial e lendo agora, consigo entender mais ainda o clipe. Não tem força para single, mas foi um movimento bonito e singelo a entregar com visual para os fãs! Colada e quase como uma irmã sonora, temos emancipation, que segue a mesma vibe acústica com uma leve mudança de atitude, mais forte. Sou sincero, a off é tão forte e tão crua que quando ouvi pela primeira vez eu me receei de que história a iria reinventar, felizmente você manteve a qualidade lírica e entregou uma história de busca de amor próprio principalmente, que é isso que se trata quando queremos nos libertar desses relacionamentos. Bem executada, sonoramente coesa, um pouco pé atrás porque sou bem apegado na original kkk mas no mais boa <3 Aqui vou ter a mesma opinião, acho que é um consenso em que sane soa levemente perdida. Apesar do conceito lírico casar bastante com a força e garra que a Lilith tem, sua produção e caminho musical é muito mais Eve. Pode ter sido proposital, e uma escolha com bastante consciência mas ainda assim da que pensar. Tirando isso, continuamos mantendo a qualidade a que você tem se proposto: boa lírica, óptimas falas e bastante pertinentes; música gostosa de se curtir. Vejo que você se despiu de qualquer nome em selfhunter e agora você conversa com um espelho, Samantha com Samantha e faz uma reflexão, sobre o que já viveu nessa carreira, pegando a fragilidade de Eve e a força de fala da Lilith e prova que elas duas são você com todos seus conflitos e certezas. Achei uma das composições mais interessantes, precisamente por essa trialidade de conceitos e formas de poder visualizar aquilo que a música quer transmitir. Sonoramente ela tem um leve sentimento de throwback, um pop rock a la 2000, o que a torna apelativa e rádiofonica o suficiente para poder se tornar single, pontos positivos por isso. Atingimos a meta do álbum e finalizamos com grave. Agressiva, debochada, irónica, ácida, aqui vemos o apogeu ao meu ver da personalidade. Ela, agressiva como a produção musical propõe, fala as verdades na cara de quem a tenta oprimir e toma para ela todo o poder que um dia julgou não ser digna e capaz de o ter. Achei uma ótima cartada final, junto com uma bela produção com elementos clássicos daquilo que o Paul entrega. Deixou um bom gosto e uma boa impressão a quem se despede e finaliza o disco.
Como consideração final eu tenho a dizer que mais uma vez você conseguiu evoluir e se superar. Eu sou um fã oficial do Chronicles, Nunca escondi isso e estava super ancioso para aquilo que viria por aqui com o E/L. Ele é bem articulado e pensado, com um grafismo impecável e marcante e conversa muito bem sobre várias temáticas que são de extremo valor, tanto para você como para a sociedade e isso cria uma empatia e conectividade com o disco imensa. Ele funciona, tem um propósito e agrada. Devo dar os parabéns a todos os envolvidos por terem feito um disco com poesias Muito bem escritas, cheias de sentimento e verdade. Eu estou muito orgulhoso daquilo que você nos entregou e desejo todo fuckinf sucesso do mundo, que é mais do que merecido! Te amo <3
Eu tive muita cautela ao começar o álbum e eu quero dizer que eu amei demais o site, ficou muito lindo, clean e ficou bem a sua cara. Eu amei a explicação dá uma boa introdução ao que eu posso esperar.
Vamos pelo eve...
1. stop thinking it's a phase: primeiro que esse instrumental é TUDO para uma introdução e eu simplesmente amei a forma como começou tudo. Aqui você narra como é ruim uma aceitação por parte da família, principalmente no mundo LGBTQI+, onde pensam que é uma fase, onde pensam que alguém nos influenciou a sermos o que somos e você deixar tudo muito transparente aqui. Aqui a gente vê claramente o sofrimento que a Samantha passou, mas continua sem. É uma música forte e sincera, ela fala sobre muitos, ela representa. Eu amei real.
2. forgiveness song: ai eu amo essas introduções misteriosas e achei bem diferente você trazer isso para o álbum. Essa música tem vocais muito fortes e claro que você usaria a Demi. Essa música casa muito com a construção da música anterior e eu começo a acreditar que as músicas podem ser cronológicas, não sei. Essa música é forte, essa música soa como libertadora. Essa música é um canto de libertação da Samantha, ela quer adquirir aquilo, mas será que ela consegue? Essa música é muito boa, bicho, seria um ótimo single.
3. allow to eco (feat. Clara Kant): Até o momento, essa música se torna a mais forte do álbum, ela se reflete muito o que talvez você queira passar para a gente. Aqui há uma opressão clara da religião, você simplesmente desabafa sobre isso e cada vez se torna mais difícil ser quem você é, se aceitar, se perdoar por ser quem você é. O instrumental em cima dessa composição tornam tudo mais forte ainda, essa junção de duetos, essa voz de Deus te mandando fazer as coisas. É simplesmente um dueto genial e eu realmente acho que deveria ser single.
4. burn in hell: Essa música trilha mais uma parte do seu desabafo sobre querer ser livre, carrega vocais sinceros e cada vez mais fortes, como se uma raiva estivesse sendo carregada aqui. Você vê cada vez mais uma vontade de se ficar livre (não que você já não sentisse isso anteriormente). Aqui é aquela síndrome de culpa que desenvolvemos por sermos o que somos, um sentimento forte de revolta por termos que carregar isso. A opressão causa exatamente tudo o que é lindamente escrito aqui. Essa música é essencial para o álbum.
5. please, accept me: Essa música é mais uma construção de toda a linha que você vem trazendo, é um encaixe com tudo o que eu venho dizendo até o momento. Você está cada vez mais perto de quebrar correntes, de se rebelar, de ser quem você realmente é. Consigo acreditar inclusive que até o momento tudo não passava de desejos, que você se proibiu beijar outras pessoas por medo do que você era. Aqui você clama para ser aceita. Essa música possui vocais fortes, possui simplesmente uma força linda, maravilhosa. Você está implorando por ser aceita por alguém que você tanto ama. Mais uma masterpiece nesse CD tão sincero.
6. letter to mom and dad: Cara, essa música é uma narração e um pedido completamente oposto durante a construção. De um lado, você tem rancor do seu pai, do outro você espera perdão da sua mãe. Aqui está claro quem a Samantha realmente ama e quem ela só tem mágoa. Por mais que a mãe não aceite, a Samantha ainda a ama, ainda tenta conseguir aceitação. Eu fiquei gatilhado com essa música pela parte do pai, né, mas simplesmente essa música é incrível, é linda, é sincera. Eu estou simplesmente triste com esse álbum até o momento.
7. clergy (interlude): ai mais um gatilho socorroooooooo. Achei bem pensado, bem colocado e nos deixa com vontade de uma continuação pra chorarmos juntos.
8. god bless: e vamos de lead single da era. Essa música é muito boa, você transformou algo maravilhoso em uma marca da Samantha. Eu nunca esperaria você utilizando ela, juro. Essa música é certeira, pesada, é uma forma da Samantha desabafar mais uma vez que todo esse medo que possamos ter da religião no fim não vale de nada: estaremos sozinhos. Essa música é no ponto, foi o single perfeito, é uma música incrível e eu te amo por nos entregar isso.
E vamos de lilith?
1. love with the devil: eu vejo nessa música muita força, é um instrumental forte, uma composição incrível. Vejo aqui a relação de diabo com o amor homossexual e o "morrer submissa" com as pessoas que são crentes à religião, se submetem aos machos, têm relação abusivas... enfim, as pessoas que julgam muito os outros mas que não olham pro próprio nariz. Todas as metáforas dessa música combinam muito com a personagem que entramos agora. É um single perfeito.
2. 7 feets (feat. Paul Carter): Essa música é um misto de emoções e ela tem uma composição forte, cheia de metáforas. É uma música que pra mim fala muito sobre certos tipos de relacionamentos que entramos e acabamos nos afundando, ficando desgastados, inválidos, perdidos. O Paul sendo a vozinha da razão é simplesmente perfeito e faz tudooo.
3. persephone: Esse provavelmente é um hino de liberdade, é um hino de esperança, é como se a Lilith aqui estivesse preparada a nos fazer ficar confiantes de que o melhor virá, de que somos sim importantes. Eu apostaria em próximo single da era, sem dúvidas.
4. worn wings: eu confesso que essa foi a que eu menos gostei, embora o instrumental seja gostoso etc. Ela fala sobre liberdade, sobre a gente se amar um pouco mais, mas eu não acho que ela se expressa e casa tão bem com os dois álbuns quanto todas as outras músicas incríveis que você trouxe. É uma música boa.
5. emancipation: Essa música = tudo pra mim. Aqui eu vejo uma Lilith doida pra se libertar de algo extremamente ruim para ela, ela está cansada e vai fugir de tudo isso. Essa música também deveria ser single urgentemente arrrrr Essa música tem uma vibe libertadora, sincera, uma vibe coutry, enfim. Composição mais uma vez incrível.
6. sane: Amiga, em questão de instrumental, eu acho que distoamos um pouco aqui, já que houve uma divisão de CDS, mas isso não tira a essência da música, pois ela é muito bem composta, tem um instrumental perfeito e os vocais totalmente no ponto. É uma música direta, aqui não vemos mais tantas metáforas e sabemos bemo do que a Samantha fala.
7. selfhunter: aqui vemos uma vibe que realmente combina com o Lilith (em minha visão, claro) e com o nome, que traz a impressão de uma música forte. Esse instrumental é simplesmente muito bom e o trio conseguiu trazer uma mensagem muito boa. Eu vejo muito aqui uma narração sobre você ser um pouco insegura sobre você, sobre o que você vem trazendo, talvez algo sobre a Samantha estar insegura com a sua carreira. No fim, a mensagem do Paul traz para você uma segurança, talvez? Eu sei que com certeza concordo com ele, esse CD está marcando a sua carreira. Você fala certo aqui, você não deve se destruir, você deve confiar em você mesmo e pronto. Você sabe que vai longe. Eu faria single também, old.
8. grave (feat. Paul Carter): e vamos de duo do ano. Esse instrumental é simplesmente perfeito, amiga. É um casamento perfeito de instrumental com a letra, fora que a voz do Paul aqui me deixou simplesmente arrepiado. É uma música que eu vejo meio que resumindo TUDO o que você trouxe e trazendo uma vibe muito libertadora. Aqui é o desfecho onde você parece finalmente se aceitar como foda, como uma pessoa que não deve temer seus desejos, uma pessoa que deve simplesmente se amar e pronto. Eu apostaria muito em single, mesmo ela combinando perfeitamente como um término de show, de álbum.
Amiga, eu tenho só a dizer que você conseguiu sim marcar com esse trabalho lindo. Eu vejo aqui um álbum muito coeso, onde você foi muito sincera sobre seu trajeto na vida, você se abriu para a gente e foi extremamente lindo ver isso. O primeiro álbum marca uma Samantha mais sofredora, sentindo muito, sentindo demais e um pouco perdida na vida, como se não soubesse sair daquela situação. Eu vejo esse álbum muito como o início de tudo, onde você não sabe como reagir a homofobia, sobre a como você é, sobre a como as pessoas vão te aceitar. E o Lilith traz outra forma de ver tudo isso, uma forma em que você está se aceitando, está se libertando, está liberando a verdadeira você. Então eu arrisco em dizer que você foi a Eve e agora é a Lilith.
Parabéns por esse álbum lindo, é um forte concorrente em premiações sim. Tá tudo lindo. Você chegou num patamar maravilhoso e pare de se subestimar, você é uma artista do caralho! Sucesso demais <3
Samy, vamos de Eva e Lilica. Quero elogiar o cuidado com o trabalho estético que você teve com a capa e o site. Está tudo bem lindo e foge do óbvio, mantendo tudo muito limpo com cores pontuais, achei de muito bom gosto.
Vamos a primeira parte. EVE
01 - stop thinking it's a phase. Que canção linda. Tanto instrumental quanto letras funcionam muito bem para introdução, começar com o acerto assim é para poucos. A canção fala sobre decepcionar as expectativas de quem te criou. Cara, funciona de tantos jeitos isso. Acho que é muito fácil para quem tá ouvindo se identificar. Gostei bastante.
02 - forgiveness song. Continuando sua saga, temos uma canção que não é sobre mostrar que você tem orgulho de quem você é. Que não são as pessoas daqui que vão te julgar. Tem uma força incrível e uma construção e ligação com a faixa anterior muito bem feita. Achei um ótimo trabalho. Eu sou apaixonado pelo instrumental, e incluir essa interlude no início foi a cereja do bolo.
03 - allow to eco. E vamos de vocais. Eu sou apaixonado nesse instrumental, então já sabe que eu acho impecável, e ele veio numa sequência muito boa. Clarita aqui com vocais lindíssimos sendo um chamariz para a letra que trabalha o empoderamento sobre a dominação que sofremos devido a crenças que nos são impostas.Vejo bastante sentimento e vulnerabilidade nessa faixa, e isso é muito bom o que só amarra bem todos os assuntos falados até aqui.
04 - burn in hell. Temos agora Samy pedindo perdão. Acho que todos que somos criados em meios religiosos mais fundamentalistas acabamos, mesmo depois de nos empoderarmos de quem somos, nos questionando se estamos certos em continuar assim e pedimos perdão para esse ser que não sabemos a real existência. Achei uma boa canção sobre autoconhecimento e autoafirmação.
05 - please, accept me. Eu acho essa faixa extremamente gatilho pra mim aar. Ela é bem nua, e mostra toda sentimento guardado dentro quando juntamos letra e instrumental. Da para sentir o desespero e sofrimento em cada verso, em cada nota. Eve continua impecável até o momento.
06 - letter to mom and dad. Que linda essa carta. É simples e direta, porém cheia de emoção e sentimentos. Carrega uma história por trás que só vocês que viveram sabe dizer, mas conseguimos sentir. Achei linda e carrega muito bem todo o tema que de aceitação que você vem trazendo por todas as faixas.
07 - clergy. Um interlude pequeno porém muito eficiente. A mensagem foi entregue com sucesso.
08 - God Bless. Sofro com meus créditos por uma virgula, mas amo. Aqui temos o arremate de todo o seu caminho. Achei que foi uma canção muito eficiente para a proposta, e não é porque eu estou por trás de algumas vírgulas não.
Eve funciona muito bem em todos os sentidos. consegue ter instrumentais marcantes e letras sentimentais, sinceras e que nos aproximam muito da Samantha, quase nos tornando seu amigo íntimo. Agora vamos ver o que Lilith nos espera.
01 - love with the devil. Um dos Smashs do álbum chega para nos apresentar a Lilith. Trazendo uma persona mais agressiva e inconformada com as coisas que foram impostas. LWTD carrega toda essa força no instrumental e na letra nos mostra bem como a Lilith é.
02 - 7 Feets. E continuamos com atitudes. Aqui vemos você escolhendo ser condenada ao sofrimento eterno do que perder sua verdadeira identidade, seu verdadeiro eu. É uma escolha difícil se manter fiel a si mesmo quando todos estão dispostos a te crucificar como se você fosse pior dos acontecimentos, só porque você não segue o modelo esperado. Acho uma faixa excelente e que mantém a identidade da Lilith.
03 - persephone. Senti que aqui temos uma faixa sobre tirar proveito das piores situações que você é submetido. Até mesmo quando você é condenado a passar a eternidade no inferno você pode acabar se tornando a governante do lugar, pra mim isso é um metáfora a quando você passa por algo tão terrível que acaba aprendendo a ser melhor que aquilo e dando a volta por cima. achei bem legal essa composição e o instrumental segue uma delícia com todo o rock.
04 - worn wings. Ah eu amo uma vibe acústica, e country com rock é algo que tende a funcionar. talvez funcionasse melhor se viesse depois de 7 feets pelo final mais acústico dela, não gostei muito da transição de persephone para essa aqui. Liricamente achei uma música muito bem escrita como todas até o momento, é uma reflexão muito boa sobre sua força de ser sua melhor companhia. Uma faixa muito deliciosa.
05 - emacipation. Essa música me parece algo sobre um relacionamento onde alguém achava que poderia te controlar apenas por ele ter dinheiro e tudo que cita na música. É algo sobre se livrar de alienação, seja parental ou emocional. Gostei bastante do conteudo lírico e achei bem vinda após worn wings.
06 - sane. Ai eu amo tanto esse instrumental, mas sinto ele no lugar errado. Por mais que ele seja folk, ele me remete muito ao eve, mas ao mesmo tempo acho que pertence a Lilith. Talvez ele mais próximo de worn wings funcionasse melhor para tirar essa impressão. Até mesmo liricamente a mensagem funcionaria por se tratar de um empoderamento feminino muito forte.
07 - selfhunter. Amo, o rock voltou. Você tem uma música divertida aqui ao mesmo tempo que tem uma letra que é sua consciência falando sobre autossabotagem. Acho ela muito bem escrita, que é a melhor parte de tudo. Gosto das referências sobre se recriar e mudar o rumo da própria carreira, mostra quem está com as rédeas nas mãos. Não é minha preferida, mas é bem interessante.
08 - grave. Temos aqui um hino de fúria e empoderamento feminino. Lilith cospe na cara de todo machismo que é rogado contra ela a cada etapa de sua vida e carreira. Fecha muito bem o álbum com muita atitude.
Lilith se mostra um lado mais cheio de atitude de Samantha. Mas ao mesmo tempo, pra mim soou o mais perdido. Eve era mais segura da mensagem que gostaria de passar, aqui senti que em algum momento não soube que direção seguir, talvez por isso a presença de mais mãos para escrever as canções. Claro que isso não prejudicou, todas as letras são muito bem escritas e com mensagens importantes que funcionam diante a temática, mas não foi tão cativante quanto a primeira parte.
Eve e Lilith são duas obras que se completam ao meu ver. Uma é mais sentimental, vulnerável, mostra visceralmente seus suas emoções, fraquezas e dores. A outra parte já é mais afrontosa, agressiva, cheia de atitude e segurança. Acho que Eve se sai melhor entre as duas partes por me parecer mais completo, facilmente seria um álbum sozinho, enquanto Lilith talvez falte algo mais. Mas num todo é um trabalho competente e bastante ousado para a Samantha que conhecemos, acho que te firma como uma artista que procura sempre se desafiar no trabalho seguinte. Meus parabéns por essa obra, sinto cheiro de premiações chegando.
Vamos lá então! A expectativa pra esse álbum foi enorme... Todos falando sobre ele, vários comerciais, uma narrativa toda com documentário, muita divulgação. Vim aqui conferir! Estive no dia do lançamento do álbum pela ETV, e vou agora conferir com mais calma tudo isso aqui. Vamos lá!
EVE:
Stop Thinking It's a Phase: O nome da canção já sugere aí uma luta sobre sexualidade. Adorei a descrição da faixa ali embaixo, achei muito legal isso (vou copiar mesmo rs). A letra é bem profunda, é inteira um desabafo. Só o fato de não ter uma estrutura tradicional, com refrão e tudo mais, já deu essa ideia. Quanto ao instrumental, é algo leve, simples apenas com um violão e voz. Algo bem mais puxado ao acústico, sem caracterizar de fato um gênero musical. Acho que iniciou o álbum bem forte.
Forgiveness song: A intro de church é bem forte né migo? PQP. É um grito de querer se libertar, de poder trazer voz a uma parte mais polêmica sobre a instituição igreja. Achei muito emocionante e necessária. E a música começa... Aqui temos uma característica mais "SOUL", vocais puxados mais para o Gospel no refrão. Há um pouco da mistura disso com o POP. Achei interessante essa escolha pra Samantha! Ainda temos uma letra voltada a essa luta e questionamento com a questão sexualxreligião. Achei que narrativa ficou bem coesa com a primeira música! Ficou muito bom, Sa.
Allow To Eco: Aqui continuamos com uma vibe mais SOUL, na questão mais sonora. Acho que canções desse estilo, normalmente tem mais essa necessidade de serem mais profundas, mais emocionantes. Adorei o instrumental da canção. Quanto a composição, achei que ficou muito bem escrita! Até aqui, pude perceber que a parte EVE é sobre isso, sobre essa luta. A Clara na canção só acrescentou mais ainda, não esperava por esse feat (hahaha). Enfim, essa canção entrega vocais, eu adoro.
Burn In Hell: Eu sou meio suspeito pra comentar essas faixas "SOUL", pois eu amo demais e que legal que usou esse trunfo. É algo que não vejo no jogo, já faz você se diferençar do resto. BIH temos mais um hino cantado da forma mais pura. É triste ver composições como esta, saber que pessoas tem que enfrentar esse tipo de luta, algo que não deveria acontecer. Achei uma das melhores do álbum com certeza... E temos os vocais mais poderosos do que nunca aqui. Deus não precisa perdoar, não existe pecado nenhum em ser quem você é <3.
Please, Accept Me: O HINO. Uma das músicas que eu mais gosto da Samantha, do que vi pouco no jogo. Acho que super combina com a persona que a Samantha é. Eu já havia comentado essa canção e repito que ela é maravilhosa. A luta da aceitação é esclarecida mais do que nunca aqui, literalmente em palavras. O grito foi dado, a composição é bem clara. O instrumental é mais POP e foge mais da questão mais SOUL da proposta inicial do álbum. Mas, uma faixa linda, pra mim ela é nota 10.
Letter To Mom And Dad: Ai, que letra triste. O violino de fundo na canção. Sem estruturas. Eu não sei muito bem o que comentar em músicas desse tipo. Soam extremamente pessoais, e não podemos sair julgando assim. Acho que veio de coração. A música é linda, o instrumental é tocante e continua com a narrativa coesa desde o começo do álbum.
Clergy: Uma interlude com os vocais perfeitos! Forte e no ponto. Sem mais! Acredito que uma transição pra algo mais forte ainda da próxima faixa.
God Bless: Aqui temos algo mais puxado para o Pop/Urban... Eu achei que mega destoou do álbum todo, Samantha... Em questão sonora, no caso. Achei que fugiu um pouco da VIBE da Eve das 6 faixas anteriores. Mas, quanto a música em individual, ela é maravilhosa. Em outras ocasiões eu havia dito que adorava demais a canção, brinco até com o "God Bless Samantha". Mas, é uma faixa maravilhosa, acho que assim como PAM, combina melhor com a essência que a Samantha (imagem) apresenta. Não que as outras não causem isso, muito pelo contrário, mas achei mais a identidade. E nao tem problema sair dela né? Não adianta a gente ficar nas mesmices!
Vou comentar rápido o EVE: Eu achei essa primeira parte, bem emocional, são músicas muito pessoais, muita emoção. Não tem porque ninguém julgar as composições, porque não acho que seja interessante e confortável falar que a luta de alguém precisa ser mais estruturado ou não. O que eu me sinto confortável de falar é que vi que tomou riscos, eu não sei se a sua sonoridade era dessa forma, preciso conferir seus trabalhos passados... Mas, SOUL caiu bem em você! Achei que 2 faixas (PAM e GB) não encaixaram bem na construção sonora, na questão linear e coesa. Mas, não deixaram de ser faixas incríveis.
Vamos para Lilith!
Love With the Devil: Quando eu cheguei, essa canção estava no auge, conquistando todo mundo em sua volta. Aqui já começamos essa parte do álbum com algo mais animado na questão sonora, e algo mais agressiva até mesmo na forma de cantar. Vejo uma mistura do Pop com o Rock e algo mais pesado, mais dark. Sem precisar ler a descrição, posso dizer que é referência do que viveu na igreja, ou dentro de casa, conforme sua luta da sexualidade. A letra é incrível, acho que ficou bem marcado essa canção pra você!
7 Feets: Acho que é uma das suas melhores faixas. Acho que a faixa ainda é um pouco confusa pra mim, no significado dela. Eu li a descrição, vi que são referências a Lilith. Mas, acho que ficou muito aberto a interpretação, talvez por isso cada um entendeu de uma forma. Ainda sim, eu adoro a composição (pode me chamar de maluco). Adorei que trouxe referências, misturou com o que você tem a dizer e é isso. É uma faixa diferente, acho que por isso faz dela especial. Paul na canção é tipo: não consigo imaginar sem ele. E o final da canção.... O final <3 Lança uma versão dela só no piano.
Persephone: Aqui temos uma faixa com a essência mais Pop, com poucos elementos do eletrônico, e no refrão algo mais pop/rock. Achei interessante a mistura. A faixa ficou ótima, muito bem escrita. Não é meu estilo preferido de música, mas acho que o instrumental ficou muito bom, pra mim combinou com a essência da composição. Ah, e os vocais estão ótimos!! Achei o ponto alto da canção.
Worn Wings: Take My Hand... Stay Joanne -n. Estou vendo que a Lilith é mais versátil... Até agora tivemos vários estilos de instrumental. Agora temos uma vibe mais country e uma melodia mais calma, mais suave. Acho que a composição é uma das melhores pra mim até agora. É uma composição limpa, simples, e bem crua, eu adoro isso demais. Os vocais estão ótimos, o background também foi muito importante pra deixar a música ainda mais interessante.
Emancipation: Aqui temos ainda influências do country com algo mais pesado, com mais atitude na forma de cantar. Relacionamentos tóxicos são difíceis. Já passei por isso e entendo a dor. Achei que como você disse na canção, é uma carta, é um desabafo. Pode mandar o dedo do meio pra ele, Samantha. Achei que é uma música de destaque do álbum, junto com Worn Wings, ficou muito boa.
Sane: Aqui me lembrou um pouco a primeira parte do álbum, a Eve. Pela sonoridade mais soul, talvez. A composição está ótima, achei que as palavras foram muito bem usadas! A canção remete a algo mais melancólico e assim como Emacipation, é um recado bem dado. Adorei a canção.
Selfhunter: Voltamos então a uma vibe mais rock aqui. Respira mulher, quase nao entendi o primeiro verso -n. A música vai crescendo, trazendo aquela expectativa para o refrão. Achei a música algo mais clássico, e também algo mais radiofônico. E quanto a letra? Garota? Várias "indiretas-diretas". Adorei isso sobre a canção. Acho que é uma das minhas preferidas, aliás. Achei que ficou muito bom a junção da canção + instrumental.
Grave: Ai menina, você me matou com essa faixa. A melhor faixa do álbum inteiro. Dá um baile em todo o resto -n. Mas, é uma das melhores sim. A letra tem fúria, tem consistência, tem atitude e o som com aquela pegada rock que a Samantha vem trazendo que é ótima. O Paul recitando os versos no refrão, deixou muito mais sombrio, muito mais diferente. Girl Power mesmo, tem que gritar pro mundo, eu amei. Melhor faixa.
Comentando a Lilith: Entendi que a proposta foi diferentes tipos de sonoridade, se não for, me corrija por favor! As letras são mais complexas, são letras com mais atitude, com mais empoderamento, diferente do Eve que tem uma proposta mais sentimental, mais declarativa e expressiva quanto aos seus sentimentos.
Enfim, o álbum está muito bom! Tenho uma ressalva, no Eve que comentei mais em cima sobre aquelas 2 faixas... E no Lilith eu acho que se "Sane" viesse por último no álbum, ou então antes, não sei, talvez iria ficar menos pesado a transição dos gêneros. Não sei se é pra ser assim por conta da linha do tempo também. Mas, é um detalhe diante tamanha perfeição das suas composições! Menina? Que isso... Não sabe brincar de compor, deixa os amigos terem chances, ok? Certeza que é um álbum que vai ter inúmeros prêmios, merece bastante! Forte concorrente ao AOTY, só pelas composições pra mim levava, viu? Ficaram ótimas mesmo! Parabéns, Samantha! Ficou muito bom mesmo.
Finalmente cheguei pra ouvir a Eva e a demoníaca, primeiro as capas perfeitas bicho, o pisão no design do site, Samantha Cooper você não presta.
stop thinking it's a phase - Meu pai que nome imenso nessa música. Ai, eu amo esse instrumental apenas com poucos elementos, um violão ou uma guitarra elétrica, não sei, mas eu amo. Na composição você é bem clara, aqui você desconstrói as expectativas que colocaram em você, porque ela é só de quem colocou, você não é responsável por elas. Amo, iniciou o álbum muito bem.
forgiveness song - Já disse antes do álbum sair que essa intro com essa música me deixa completamente arrepiada, Samantha você é um demônio mesmo, eu vou lhe matar. Church é aquilo né, você ouve o que não deve fazer, que isso ou aquilo é pecado, mas você agora deixa claro que não quer isso pra você, a reafirmação vem na música em si. Forgiveness Song é uma canção de liberdade, você se reafirma, se coloca numa posição alta, você não é obrigada a seguir um caminho que não seja o qual você se identifique, aqui você para de se culpar por não ser o que as expectativas dos outros previam. Eu acho um hino, eu amo esse instrumental e quero como single aar
allow to eco - Amada, eu vou sair desse álbum sem ouvidos, os vocais, a gritaria, eu amo aaar Essa música é bem forte assim como o instrumental, aqui você conta a batalha para se aceitar, para se sentir feliz na forma em que fomos colocados, e que embora tenha sido colocado na sua cabeça por muito tempo que você está errada, que tudo que você faz ou pensa é sujo, é um pecado, nós temos que passar por cima disso e ecoar, tirar aquilo que está atormentado no nosso interior e jogar para fora, ser livre. Eu amo um hino, o feat perfeito.
burn in hell - E Samantha serve mais vocais, old que gravava uma música por semana pra preservar os vocais perfeitos para as faixas do Eve. Em BIH eu sinto um pouco de insegurança, você diz que se entregou a carne por um tempo, foi livre, mas espera não ir para o inferno por isso. Essa música é bem um reflexo das duas anteriores, aqui você tem uma "recaída", talvez uma volta para a igreja. A minha crítica pra essa faixa é só uma pequena, na hora de revisar, troca o adjetivo pra o feminino bicho aar Anyway, uma faixa belíssima, mais uma né.
please, accept me - Eu vou lhe matar por usar essa música e não deixar ser o hit que ela nasceu para ser. Eu já comentei no single, mas no álbum, pra mim, ela ganha toda uma força que não teve como single. Aqui você cansou de tanto se culpar, de se sentir menosprezada, de ter que carregar um personagem que não era você, você suplica pela aceitação mas deixa claro que não vai voltar a ser a pessoa presa que você era, que você tem a sua maneira e que não vai mudar, e que só quer que te aceitem desse jeito. Belíssima bicho, canção muito forte, poderosa, ódio que não investiu muito no hino.
letter to mom and dad - Ai, vamos de gatilhos, todo álbum da Empire um gatilho diferente, vamos lá. Eu amo essa música, embora eu ouça muito pouco por conta da letra, digamos que ainda preciso superar certos traumas. A sua composição é belíssima, aqui você fala o que seu coração sente, o que os seus sentimentos falam, eu achei uma canção muito honesta, simples, mas direta, no alvo. Amiga, aqui você mais uma vez usa adjetivo masculino aaar Entra no personagem, porra! kkk
clergy - AMOOOO, a interlude perfeita bicho, os vocais angelicais, é agora, vem aí. Eu adorei a metáfora com a ordem de que viados não prestam e devem morrer, old que a igreja interpretou isso da bíblia do jeito que eles queriam, mas amar não é crime bicho, amem quem for, amar é lindo.
god bless - Felizmente tive o prazer de ouvir esse hino antecipadamente para fazer uma crítica. Eu adoro a escolha do instrumental, com as referências gospel, com órgão, coral e etc. As metáforas aqui são aos montes, nessa você caprichou nesse sentido, já que é essa a música que encerra esse álbum e faz isso com chave de ouro. Aqui você expõe que não é preciso ter medo, que você pode encontrar seu próprio paraíso, você pode florescer os seus próprios jardins e que ser LGBTQ+ não é uma escolha, não é uma opção, as pessoas nascem assim e pronto. Eu amo um fechamento de álbum perfeito, esse trap/pop muito gostoso, pisou. Uma das minhas músicas preferidas do álbum, e o vídeo, PERFEITO.
E vamos de lilica, eu já peguei minha guitarra e meu chapéu de vaqueira, vem aí.
love with the devil - Toda vez que essa música toca aqui, uma fada morre, sua piranha, fui ameaçada com 3 facas e duas armas por conta do instrumental, se você não fizesse bom uso eu ia lhe esculhambar. Ai, eu amo esse hino, a letra é uma composição perfeita, toda metafórica, aqui vejo que você está trazendo uma visão diferente da mesma história, Lilith e a Eve porém mais revoltada, sem papas na língua, você não era santa, mas também não se apaixonou pelo diabo para ser rejeitada desse jeito, você vai fazer o que quiser e isso não te faz mais ou menos pecadora que ninguém. PERFEITA.
7feets - Meu pai, mais um gatilho com instrumental, não deixa uma negra em paz mesmo. Amiga, 7feets no álbum faz todo o sentido, tudo que eu me perguntei com a música como um single o álbum me responde, ela funciona muito bem aqui. A música no álbum passa longe de ser sobre um relacionamento, aqui você fala das consequências quando você se "rebelou", quando você parou de viver em função do que achavam e começou a viver a sua vida, com suas concepções. As pessoas que se afastaram, que te condenaram, que te colocaram como o demônio da história. Eu amei de verdade a música no álbum, me traz tantas lembranças...
persephone - Eu amei essa música, old que eu quero como single também, você dê seu jeito, faça um vídeo perfeito para esse hino, sua obrigação -n A composição é muito boa, é uma canção de liberdade, você diz que foi condenada, mas sabe do poder que carrega consigo, da voz que tem e que irá voltar mais forte, que irá governar, ser dona de você. Eu amei demais a música, você e Paul juntos só fazem hinos né, e adorei também a metáfora principal da música, old que com o Paul tem sempre a mitologia.
worn wings - Stay joanne, tá filmando netflix? E vamos de um country calminho para quebrar a sequência roqueira, amo. Essa vibe mais acústica, mais simples é tudo, eu amo muito. Eu achei uma música bem reflexiva, nela você expressa o que está sentindo depois de sair, de ser livre, e meio que aconselha o ouvinte a perseguir sua liberdade, correr atrás do que quer, pois no final você pode se culpar de tudo, menos de correr atrás daquilo que você quer. Eu adorei a música, dá uma acalmada grande no álbum e foi uma ótima sacada.
emancipation - Obrigado pela homenagem amiga, não esperava, de verdade -n Eu amo muito a base que você usou, sou obrigada a aclamar, o que não é um defeito já que eu amei a canção por completa. Ai bicho, uma canção de liberdade com influência country e rock, Samantha eu vou te matar sua piranha. Aqui você canta que está se emancipando, indo embora, deixando quem te criticou apodrecer, e até espera que essa pessoa encontre o amor um dia, mas se não encontrar, que bom também. Eu imagino muito essa música como single, mas acho que por já ser conhecida você não vai lançar. Eu amei muito, perfeita demais.
sane - A Eve querendo tomar o corpo da Lilith. Eu acho essa sonoridade muito parecida com o que você trouxe no Eve, uma visitinha da sua irmã mais comportada. A composição também se assemelha muito a do "álbum" anterior, poderia vim a qualquer momento nele. Não acho um erro a música vindo aqui, já que a temática aqui como disse no começo acredito eu que é falar da mesma coisa de visões diferentes. Você aqui fala bem sobre o teto de vidro, as pessoas falam sobre mas esquecem que são tão pecadoras quanto, que erram na mesma intensidade, que pecam do mesmo jeito, ninguém é 100% puro. Eu adorei a música, eu amo essa sonoridade aaaa
selfhunter - Eu amo esse hino, a Lilith tomou conta de novo do álbum, mandou a eve pro éden de novo -n Primeiro que obrigado por creditar as duas frases amiga, obrigado pela confiança em me mostrar o hino e pedir uma ajuda, me senti muito feliz por poder colaborar nesse projeto lindo <3 A música é bem sobre você falando a si mesma que não precisa se culpar, que você é suficiente, é foda e faz o que quiser, que precisa que parem de espalhar boatos seus, que parem de falar coisas que não sabem. Eu adoro como o resultado final ficou, perfeita. Old que eu vou pedir para single também.
grave - Eu tenho alguns problemas com essa produção em off, mas vou me restringir a comentar ela como uma canção da Samantha Cooper. Eu morro como você colocou o homem no chinelo, expôs a hipocrisia de quem vive pregando, mas trai a esposa, sai com as outras irmãs da igreja. Você conta uma história e que no final o traidor acaba cavando a própria cova e deixando ser descoberto. Morro com a feminista, vem aí.
Amiga, no geral eu vejo esse álbum como o seu suprassumo, eu amo você no pop farofa, de verdade, mas aqui você atingiu o seu ápice. Eu gostei muito do álbum, como disse assim que comecei a comentar o Lilith, você criou uma narrativa e inseriu dois pontos de vista, um mais emocional, e um mais libertino, mais "afoito". A crítica que eu faço, e aí coloquei no comentário das faixas é pra você "entrar no personagem" você criou uma narrativa para a Samantha Cooper, então não esquece na hora de revisar de trocar os adjetivos para o feminino, eu sei que são canções muito pessoais, e as vezes bem difíceis de escrever, mas dá uma atenção a isso. De qualquer modo, temos mais um álbum seguindo para ser um dos álbuns do ano, vejo ele concorrendo e levando muita coisa. é um álbum que funciona muito bem, é todo estruturado e extremamente coeso, as composições lindíssimas, parabéns pelo trabalho, de verdade, você merece muito todo o reconhecimento!
Vamos de comentário de um dos álbums mais esperados desse ano! Eu adorei o site e adorei você cotando a história de como essa ideia surgiu.
stop thinking it's a phase
É uma faixa com uma produção maravilhosa, adoro esse tipo de canção, você sabe e acho que aqui você escolheu um lado certo para apostar nessa vibe R&B/Blues, a letra é um grande desabafo, você parece falar com sua mãe sobre como nada mudou em relação a sua orientação sexual depois desse tempo todo, e em como eles queriam ter o controle do seu futuro por pensamento mais rigidos e você preferiu escolher o seu caminho, o que caminho que te faz feliz e te faz ser livre, é uma letra mto sincera e bem objetiva que deixa claro o que você quer dizer, deixa claro seus sentimentos de angustia, e que isso pode te machucar de alguma forma por não suprir o que sua mãe queira, mesmo você sabendo o seu caminho.
forgiveness song
Essa intro é perfeita, começa como um grito de liberdade, uma atitude emponderada, dona de si. Acho que aqui é um grito de libertação e a produção remete a isso, com esse lance das permissões da igreja, de crescer com tais regras que te fazem pensar que você realmente não foi bom suficiente, só que ai você acorda e percebe que não é perfeito, por que ninguém é assim e vocÊ resolveu se aceitar, mesmo sabendo de todos seus defeitos e que acabou não sendo o que esperavam de você, mesmo isso te machucando no inicio, se libertar desses preconceitos criados dentro de um ambiente religioso te faz mais feliz, te faz mais liberto e é isso que a canção passa como um todo, eu simplesmente amei a música e adoraria vê-la como single.
allow to eco
Essa era uma das canções que eu mais estava ansioso quando ouvi as prévias pelo doc, vamos lá, a produção é perfeita e a parceria mais ainda, não esperava uma parceria dessas e super se encaixou. Aqui a letra parece falar desses tais dominios que acabamos nos deixando levar quando usamos a religião para blindar aquilo que somos, você de uma forma subjetiva fala de Deus como alguém que te ama, mas se ele te ama mesmo ele ia querer que você se escondesse, que você não se amasse, que você não fosse você? Realmente, isso não pode ser verdade e você de forma brilhante escreve isso aqui, os vocais são o ápice da canção e exalam o sentimento que você quer expor na canção, eu gostaria muito de ver essa canção como single também, pois ela tem uma força enorme.
burn in hell
A canção começa com esse coro bem de igreja mesmo, só que com um ar bem sombrio e na letra você revela seus pecados, e ao mesmo tempo se sente culpado por isso, sua mente ta completamente confusa devido ao que você foi ensinado ao crescer dentro da igreja e aquilo que ela ensina, aqui você chega a cogitar a deitar ao lado de quem não ama pra satisfazer o desejo de sua familia e aquilo que a igreja prega, você mostra que você mesmo se julgou de maneira errada, e você via suas atitudes "pecaminosas" como algo ruim/errado, e isso acabava com você de alguma forma, te deixava com medo de ser julgado pelos outros, de ser taxado como a pessoa ruim ou errada nessa situação,
please, accept me
O título da canção já diz muito sobre ela, e a produção pe bem forte e tem uma interpretação que esbanja bem o que você quer passar na composição, confesso que tive que pausar a musica lendo a letra por que se não ia chorar, não que eu tenha passado por isso, mas de alguma forma me dói ler esse desabafo, achei extramente perfeita, aqui você pede sua aceitação, aqui você mostra que nunca desistiu de tentar a aceitação de sua família, você mostra suas vulnerabilidades, mas você deu um ponto final nisso por que você não pode continuar mentindo pra si mesmo e seguindo dogmas que não correspondem com o que você sente, é uma canção muito sensível pra comunidade LGBT que tem família religiosa e passa por essas coisas, simplesmente perfeita e agora entendo o motivo de ser single, pena que você lançou em conjunto com 7 feet e acabou sendo ofuscada.
letter to mom and dad
Aqui também o título define bastante a música, é literalmente uma carta aos seus pais, você expõe todos seus problemas e desejos com eles, e conta como você queria que fosse, e também é sincero ao falar das mágoas guardadas e das feridas que eles lhe causaram, você conta o que espera deles de uma forma bem profunda e com essa produção deixa tudo muito mais intenso, e o disco se conecta de uma forma única em todos os aspectos, eu confesso que estou amando.
clergy (interlude)
É uma interlude bem representativa pois nela fala o quão tóxico pode ser a religião na vida de um LGBT, essa produção ficou mágnifica, os vocais, adorei essa transição
god bless
É um grande hit né, não há o que negar enquanto a isso, a música tem uma produção foda, um clipe mágnifico, e a composição é maravilhosa, aqui você mostra que mudou e que agora vai deixar de vez o passado que te atormentou pra trás, aqui você põe em dúvida a existência de Deus ao falar que "Ninguém terá um Deus para abençoar quando todos estiverem a queimar", já que no fim todo mundo já pecou um dia e pela lógica religiosa estariam todos fadados ao julgamento mais cruel Dele, é uma letra muito bem escritar por você e Marco, amo essa faixa, e seu sucesso é muito merecido.
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love with the devil
Como eu já disse milhões de vezes, acho o melhor single da sua carreira junto com 7 feets agora, a produção é fantástica, e a composição nem se fala, ela dentro do álbum fica mais perfeita ainda, aqui é o inicio de sua revolução e você usa as metaforas com a temática que quer apresentar perfeitamente, aqui é o inicio de sua liberdade, de mostrar quem é você de verdade, foi tanta pressão durante tanto tempo, e você tentou, tentou mas explodiu e aqui está seu grito sobre isso, perfeita SEM MAIS.
7feets
Morro como já vem outro hino atrás, e como acabei de dizer sobre love with the devil, são os melhores singles de sua carreira e acho dificil supera-los, MARCOU, aqui você exala personalidade, a parceria com o Paul foi perspicaz, escolha certeira, a composição para mim éa melhor do álbum, juntou dois dos melhores compositores do jogo nesse hino, aqui você joga pra fora seus sentimentos sobre você, sobre lutar pra ser quem você é e que não vai mais mudar isso mesmo que as pessoas já julguem seu destino pelas suas escolhas sabe, eu entendi isso, ao mesmo tempo parece falar de um relacionamento que não terá mais volta por que acabou te fazendo muito mal, eu amo demais essa música.
persephone
é uma ótima canção também, eu adorei a produção, vicia muito esses ohhhh e seria um bom futuro single também, pelo que eu entendi aqui você ainda aprece bem vulnerável aos julgamento que são feitos e isso ainda te artomenta de alguma forma e você não quer quer isso aconteça mais, você continuar mostrando seu verdadeiro eu, lutando contra isso por saber que voltando pra esse caminho que sempre te disseram que seria o certo não te trará boas lembranças e felicidade.
worn wing
A vibe dessa música é muito gostosa, amei que você lançou como promo single e eu diria que seria um ótimo ultimo single de era, eu amo músicas nessa vibe baixa sabe, e a letra aqui também fala sobre a liberdade, sobre o fato de depender só da gente de querer mudar para algo que nos faça entender o sentido de viver, por que estamos ali, por que podemos fazer nossas próprias escolhas, encontrar nosso próprio caminho, e ser quem a gente realmente é, eu adorei essa música demais.
emancipation
A vibe dessa música segue a da faixa anterior com uma animada a mais e bem ao estilo lilith de ser, parece falar de um relacionamento vivido que fez bem mal para você e você agora se mostra livre desse relacionamento tóxico, e que vocÊ ta amando ver a derrocada desse susposto ex, a mágoa ta guardada ali, adorei o conjunto da música, votaria como futuro single também com um clipe com historinha, seria perfeito.
sane
Amoo, aqui vem uma vibe bem parecida com o que toca no eve, um blues/soul gostoso de ouvir em formato de confissão aqui você é bem critica em relação a acharem que você é louca só por querer seguir o que você acha que deve seguir, sem precisa ser domada por alguém como algumas pessoas acabam se prestando, muitas vezes se veem presas nessas situação sem ter pra onde correr, adorei a forma como vocÊ botou isso em prática na composição junto do Paul, ótima faixa.
selfhunter
Adorei demais selfhunter, socorro, MEU VOTO MAIOR PRA SINGLE ATÉ O MOMENTO DAS QUE JÁ CITEI, a música passa uma auto confiança incrivel, aqui você fala pra si mesma o quão você é foda, não precisa procurar seus defeitos e erros, por que você agora tem noção de quem é e onde você pode chegar com essa auto confiança, eu amei demais a faixa por completo.
grave
Eu sou suspeito pra falar dessa música, por que eu amo demais o instrumental, então eu já amo por ai, aqui você taca o foda-se pra quem acha que vocÊ não pode ser uma mulher capaz, uma mulher foda e é isso, não gostou, cala boca e vai se fuder, aqui você exala muita força, auto confiança, sua auto estima está lá em cima, e é ótimo ver isso ao final do disco, pois significa que você se encontrou depois de tanto tormento que passou durante o passado, aqui vemos quem realmente você em sua essência e que mais nada importa, apenas sua felicidade e você se sentir livre o suficiente para fazer o que bem entende.
MEU DEU AMIGA, POR FIM UM COMENTÁRIO GERAL, eu simplesmente amei todo trabalho, eu acho que do Chronicles para o eve/lilith você não poderia evoluir mais pois ja tinha atingido seu ápice e você mostrou que eu estava errado e que foi possível, você entregou algo melhor, algo com uma sonoridade diferente e ótima, sem precisar apelar pra música com produções facéis, aqui você mostra uma vulnerabilidade incrivel em todo conjunto e uma produção artistica foda, eu simplesmente estou feliz com esse seu projeto e ver como você amadureceu, é muito bom acompanhar você e ver onde você chegou amiga, parabéns e sucesso SEMPRE. <3
Dono Morningstar chegou pra comentar este acontecimento de suas duas maridas! Estou muito feliz que esses álbuns chegaram aos nossos ouvidos, todo mundo merece ouvir essas obras-primas. Vamos lá:
1. stop thinking it's a phase
Esse álbum começa já com um soco de desabafo. É aquela discussão que temos sempre que alguém ainda acha que estamos em uma fase, quando já se passaram 10 anos e a sua realidade se mantém fixa às suas concepções e relações. É uma canção que se relaciona diretamente em várias realidades; casais lgbtq+, religiões patriarcais e limitadas, como o hinduísmo, onde o homem e a mulher são prometidos um ao outro, sem terem a chance de se apaixonarem por qualquer outro. Eu acredito que, quando a canção consegue se encaixar em diferentes cenários, ela cumpriu o seu papel principal para um artista. Samantha abre o álbum com confiança e certeza de que está entregando algo BOM, é lindo de ver.
2. forgiveness song
Já somos arrebatados logo na segunda faixa. A intro "church" tem uma importância enorme ao se tratar de crianças dizendo o que gostariam de ser se a igreja permitisse. Logo após a intro, temos a canção de libertação de antigos preceitos e mordaças que a igreja nos obrigou a seguir por tanto tempo. A canção tem uma letra cuidadosa e atenciosa. Podemos perceber toda uma dedicação para essa canção, a escrita está no ponto certo e o instrumental é um ponto a mais por trazer essa produção toda encenando uma igreja/coral.
3. allow to eco
Eu achei essa canção muito bem escrita, me lembrou o que eu e Denver nos unimos para trazer com Placebo: a religião não é a cura. Os versos são um show a parte e, diferente de alguns duetos que cheguei a ver pela Empire ultimamente, acho que em allow to eco o instrumental permitiu que a letra se crescesse aos poucos e deixou que tanto Samantha quanto Clara brilhassem em seus momentos. Começando com o som das correntes ao chão, a voz de Deus como opressora e mandando dobrar os joelhos, os berros de ambas. Essa canção é magnífica, é uma continuação merecida de forgiveness song e porraaaa eu só percebi aqui no álbum o cenário de coral que o instrumental tem ao fundo.
4. burn in hell
Aqui, Eve por mais que esteja confiante e consistente em sua decisão, ainda sente uma pitada de medo em relação ao que irá acontecer quando partir desse mundo. Será que ela irá queimar no inferno? Não importa agora: ela espera que não, mas ela não pode voltar atrás. É bonito ver que ainda há uma crença em Deus, mesmo que não acredite na entidade da Igreja como o poder. O instrumental dá um show de vocal e complementa a letra que me faz voltar lá em 2014/2015, pro Jus que ainda não havia se assumido.
5. please, accept me
Pra mim a faixa me ganha já no título. A construção de please, accept me é perfeita, impecável do começo ao fim, da ponta do nome da canção ao final do instrumental com os vocais rasgados e o piano em notas agressivas. Essa canção narra o desespero de Eve para não ser condenada por simplesmente ser o que ela é; Ela cansou de relutar com quem ela é, ela foi criada dessa maneira, então, por que não a aceitam também? Eu consigo mais uma vez fazer um paralelo com a questão LGBTQ+ e acho que você alcançou com maestria esse projeto. No álbum, parece que após burn in hell, Eve está caindo em seus próprios pensamentos fora da cabeça e se deixando cair em tentação. Será que vem aí?
6. letter to mom and dad
fiquei gatilhado e talvez por isso eu não tenha muito pra falar aqui kkkk acho que é uma canção bem sincera em seu ideal, o instrumental foi a cartada mestra pra essa faixa. É um desabafo lindo, parabéns.
7. clergy
Aqui temos uma interlude pra representar nossa queda. Toda a perseguição contra as minorias que consegui captar se inicia aqui e é talvez uma fala direta com o público lgbt+ em específico, sem metáforas pra disfarçar.
8. god bless
Como comentei no single: eu sou fã de qualquer canção com teor ateu ou agnóstico, que mostre um ímpeto de dúvida em relação ao que é imposto pelo clero, isso nunca foi mistério. Assim que god bless começa, temos o refrão de cara trazendo essa mensagem forte que vai se esgueirando entre a narrativa da música como uma cobra até alcançar a mensagem óbvia da música (independente de interpretações laterais) e os vocais em coral do final. A estrutura do instrumental pra mim foi a perfeita escolha para trazer God Bless como lead single. A letra é a chave para uma música de qualidade: é bem escrita, tem metáforas no ponto certo e um enredo perfeito que traz o desabafo LGBTQI+ com as preces de uma mulher exposta e expulsa por ser: humana. Genial! e vamos de começar a queda pra lilica!
1. love with the devil
TO FAZENDO AMOR COM O INFERNO TODO. Abrimos os trabalhos de Lilith com a poderosa love with the devil. A transição de um álbum pro outro, em letra e produção de instrumentais está IMPECÁVEL. Aqui é como se fosse um side B de God Bless mesmo. Love With the Devil é agressiva e é o tipo de faixa que parece colocar os pingos nos i's. É uma composição que me remete diretamente a vivência de muitos jovens presos em uma concepção religiosa, muitas vezes protestante e cristã, que tem suas opiniões bem formadas como pilares da família em relação à mulher e a carne. Aqui é como se tudo fosse menos importante do que como Samantha se comporta: Sua vida, sua carreira, suas escolhas e ideias são reduzidas à forma como ela age, pensa e com quem se deita. Como se isso tudo definisse quem ela é. Não é de se chocar que haveria uma explosão como nesse single.
2. 7feet
A música é um hino, ela é completa entre o real e o imaginário, a metáfora e a realidade, é o combo em equilíbrio e isso fica bem claro em toda a letra. É como se a voz da consciência te dissesse para cair na real, não se iludir nem se entregar a pessoas que não querem honestamente o seu bem. Aqui temos um cross-over entre Lilith e Morningstar, colocando as últimas palavras de Judas na cabeça da condenada. Eu acho essa faixa muito intenso e adoro a ligação que fizemos de um relacionamento abusivo com o do homem com Deus, faz tanto sentido. Ai, eu amo uma blasfêmia arrr.
3. persephone
É incrível como Lilith por ser a primeira mulher se enraizou em toda a representação do sexo e sexualidade feminina. Em persephone, temos aqui mais uma encarnação dessa entidade rebelde e convicta de quem ela é, se recusando a apodrecer, em uma metáfora com a deusa que foi raptada por um deus e forçada a ser submissa e a ser podada para respeitar e se calar. Mas toda rosa tem espinhos e com a deusa das flores não seria diferente. Ela irá semear a cabeça de cada mulher, cada lgbt, cada negro, cada minoria que está com sua voz oprimida.
4. worn wings
Take my hand, stay Joanne. Essa canção foi uma surpresa feliz, não esperava que fosse ver isso aqui no lilith mas eu amei como se encaixou tão bem. É um desabafo feliz e reflexivo sobre as escolhas que fizemos. É também até uma canção romântica, consigo imaginar você olhando pro rosto do boy, deitada no colo dele e pensando "não me deixe cair". É estar cansada de ter que batalhar, ninguém aguenta lutar o tempo inteiro. Ai, delícia, nos faz descansar um pouco e só aproveitar a track perfection. Checkpoint.
5. emancipation
I'M SAMANTHA FRICKIN COOPER. A emancipação veio e com ela a despedida desse relacionamento tóxico com Deus. Aqui eu percebo que a representação de Lilith concluiu a sua dominação e agora, mais do que nunca, vemos uma mulher que tem verdadeiramente certeza de quem ela se tornou, de onde suas escolhas a trouxeram e como ela não se arrepende de ter se emancipado: ela sente que é bom, ela volta a sorrir, ela É LIVRE! É sobre isso que Lilith trata e é lindo.
6. sane
Depois de alguns comentários no evento dizendo que essa faixa seria uma "visita de Eve" eu tive uma nova interpretação da faixa no disco. Mesmo que Lilith tenha dominado e corrompido, a essência de Eve ainda vive, incubada e coexistente. Samantha não conseguiria ser Lilith sem Eve, assim como não conseguiria ser Eve sem Lilith. Em sane, nós podemos encarar essa faixa como um encontro entre as duas personalidades fortes que percebem que elas trilhavam o mesmo caminho de emancipação de um relacionamento que fazia mal para ambas. Eu acho que é uma faixa extremamente forte, por toda a mensagem de empoderamento: Lilith irá corromper todas as mulheres submissas e omissas do mundo!
7. selfhunter
Eu AMO essa música, parece que é a Samantha falando com ela mesma: eu preciso que você entenda que você não é sua própria caçadora. Pare de procurar falhas e pecados em si mesma, garota. Você é incrível! Eu acho que é a faixa mais confiante do disco até aqui, ela é debochada na medida certa, solta alguns shades mas sem fugir da personagem da Lilith. É até humilde pra essa leonina safada que eu amo. Adoro essa música, tenho muito carinho pelo que construímos aqui, aamooo.
8. grave
EU AMO ESSE ROCK, PORRA. Aqui é mais uma música que me permite interpretar muitas coisas. É simplesmente perfeita do começo ao fim. A voz de Paul (a minha? arr falei na terceira pessoa) aqui pode ser interpretada tanto como Morningstar empoderando Lilith e sendo seu mentor-amigo, mas também pode ser uma crítica debochada ao machismo de que a mulher só consegue ter sua voz expressada se tiver um homem por trás. Lilith dá três socos na costela dos viadinhos (obs: o verso 'talvez por um homem você ame melhor' é icônico!) e diz pra eles enfiarem o terço no **: Ela é a primeira mulher e acabou! Toda vez que vocês agirem contra ela, tudo vai voltar para vocês. Ela conversa muito bem com emancipation, com uma voz muito mais agressiva sobre karma.
SAMANTHA COOPER VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO!
Que álbum, que trabalho lindo. Fico muito honrado e orgulhoso de ter feito parte disso, você entregou algo impecável que me deixou muito feliz, por isso fiz questão de conferir seu trabalho em meio a uma semana tão pesada e de luto pra mim; você me deu forças pra voltar a sorrir essa semana! Consegui ver não só a jornada de Samantha Cooper ao auge de sua carreira, mas a jornada desse Victor aí que eu amo tanto e acompanho há tanto tempo, essa luta de poder ser fiel ao seu verdadeiro eu, desde a primeira vez que se reconheceu e se assumiu, a primeira pessoa em off pra quem contou. Tenho muito orgulho não só do disco, mas da pessoa que você se torna a cada dia. Te amo muito e parabéns pelo álbum icônico.
E vamos de comentar esse hinário! Bem, a princípio queria dizer que gostei da ideia, claramente aqui você está navegando numa nova samantha e desbravando suas próprias camadas, então torna tudo ainda mais excitante e animador de conferir, eu lembro de alguns trabalhos seus láaaaaa de anos atrás, e ver você aqui está sendo maravilhoso, então vamos de eve!
stop thinking it's a phase: Começando o álbum de forma bem crua, com um instrumental que quase fica em segundo plano. A música soa quase como uma pequena carta de desabafo para seus pais e familiares. É muito comum que a mãe ou o pai queiram impor um estilo de vida para o filho, e isso só causa frustração para ambas as partes. Gostei de como a faixa ficou, pois ela soa bem amena mas ao mesmo tempo carrega consigo uma grande dor mesclada com alívio.
forgiveness song: Muito bom ter essa canção depois de STI pois aqui você já está se livrando das amarras que te prendiam, você não está esperando mais perdão, está se tornando adulta e dona de si, e a introdução com a voz da criança, deixou a música com um ar pueril, fazendo o interlocutor se conectar com a sua infância, é uma canção muito forte e que apenas vai mostrando como que você se refez e se perdoou de um pecado que nunca foi pecado, adorei! Se não foi single, que seja!
allow to eco: Adorei Clarinha na faixa e combinou muito pois o último álbum da Clara foi sobre questões pessoais muito importantes! Essa faixa é um convite para qualquer pessoa que esteja dentro dessa prisão imposta por terceiros, é uma chamada para a pessoa ponderar e questionar se vai querer viver sua vida de forma ilusória, e também ao meu ver, exibe uma samantha ainda mais forte, pois aqui ela já detém o controle de poder levantar e ajudar outras pessoas questão presas nos mesmos cenários em que ela vivenciava, maravilhosa!
burn in hell: Adorei o instrumental pois deixa a canção ainda mais pesada como ela é! A letra penetra na vida da samantha de forma muito intima, assim como na primeira faixa do álbum, mas aqui você questiona Deus sobre sua vida e sobre o que se tornou, pois mesmo tendo se afastado da igreja, você criou um relacionamento com Ela (Deus pra mim é realmente mulher), e embora você caminhe nessas indagações, você se mantém firma e forte sobre seguir sua vida do jeito que você quer, e o instrumental conforme vai passando, com sua voz se intensificando, vai ficando cada vez mais evidente sua posição e suas escolhas! Amei!
please, accept me: Essa canção emana vulnerabilidade, assim como todo o álbum, mas essa em questão é bem mais íntima, pois toca no âmago da samantha, porque qualquer pessoa lgbt sabe o que é enfrentar esse grande momento do pai ou mãe 'aceitar' a sexualidade do filho. é uma coisa bem complexa, pois você quer quer você e ao mesmo tempo você não quer decepcionar~seus pais, e na música você deixou isso bem claro, infelizmente é uma vivência muito corriqueira. Acho que mesmo colocando dois caminhos para seguir, vejo você ainda mantendo a escolha de ser quem você é. O instrumental eleva a música de forma descomunal e não poderia ter escolhido uma melhor para ilustrar isso. Belíssima canção!
letter to mom and dad: Essa faixa diria que é a continuação da anterior mas ainda de forma mais penetrada, é uma faixa onde você abre espaço para falar sobre os danos que seus pais causaram, um desabafo que vai crescendo no seu vocal que toma todo o controle da música. ao mesmo tempo que é uma carta de desabafo, é também uma forma de se impor e dizer que está cansada de tudo e tudo que passou também.
clergy (interlude): Uma deliciosa forma delicada de cantar e dizer sobre quão nociva a igreja é e foi com pessoas lgbts, seus vocais soam como um grito suave que quebra qualquer barreira.
god bless: Um marco na indústria, e é interessante como soa diferente das outras faixas, o que acabou sendo algo bem positivo, pois nas outras as tonalidades das canções beiravam uma vulnerabilidade, e aqui com essa trap, você está totalmente de cabeça erguida, segura de si, sabendo liderar seu caminho e também sabendo liderar quem quer que seja, é uma reconstrução.
E agora vamos de lilith!
love with the devil: Acho que essa é até uma espécie de continuação de god bless, mas num cenário totalmente diferente, pois ao meu ver, embora você esboce todo esse poder e com a mente feita, ainda sinto um certo ressentimento, um certo peso que você carrega, acho que ao mesmo tempo que você está sob o poder da situação, todo aquele 'inferno' que você passou ainda paira em você, então seria bem como uma forma de rebelião interna e também uma rebelião na sua própria fé.
7feets: Agora caminhando pelo álbum, a minha visão sobre essa música deturpou completamente, porque já vejo ela como um voto de confiança consigo mesmo, no sentido de não se perder, de não permitir que ninguém mude você novamente ou que alguém controle você novamente, então é melhor estar morta do que passar por isso, do que ser condenada mais uma vez por algo ou alguém, perfeita!
persephone: Que música foda! Eu recomendaria como single! Seguindo a minha linear, aqui você não escapou da condenação e acabou caindo nesse inferno pessoal que te assombra de todas as formas, e ao mesmo tempo que passa por isso, você se mantém verdadeira, continua relutando contra qualquer mudança, e assim como tem feito pelo álbum todo, vai conseguir tirar forças de si mesma para poder triunfar, ameiii!
worn wing: Depois de uma longa jornada de altos e muitos baixos, essa canção soa como uma suspiro de cansaço e ao mesmo tempo de alívio, porque é difícil manter-se forte o tempo todo, e aqui você mostra um pouco da sua dor e descontentamento, mas também deixa claro que sua liberdade é o que importa. Pode estar cansada, mas foi um preço bom a ser pago.
emancipation: Embora seja para relacionamento tóxicos com homens, acredito que também se aplica para pais e familiares, porque não é porque você tem um laço biológico que você precisa permitir e engolir tudo só porque é 'família', então acredito que exista uma emancipação nisso também, de poder se livrar de toda essa carga tóxica e buscar novos ares e pessoas! Gostaria também como single caso não tenha sido.
sane: Gostei em como essa faixa mostra uma espécie de confronto entre o homem e a mulher, ambos podem fazer as mesmas coisas, mas somente o homem tem mais acesso a liberdade, e a verdade é que todos vão morrer, se f*der de qualquer jeito, ninguém é 'melhor' que ninguém pode nada, e mesmo abatida você se mantém resiliente para enfrentar e confrontar, gostei.
selfhunter: Aqui parece você dando um toque em si mesma, caminhando pela sua vida íntima e carreira, sinto também que assim como worn wing, você busca uma certa calmaria, um momento onde possa relaxar, onde ninguém vai te questionar ou pressionar, é uma faixa bem gostosinha de ouvir, e adorei o paul no finalzinho.
grave: Finalizando o álbum e canalizando a persona lilith, essa música fez eu pensar que talvez você tenha moldado um homem como Deus, e assim vai confrontando e ao mesmo tempo vai mostrando sua força, depois de ser tão massacrada, você meio que agora possui todo esse poder e se mantém bem altiva, e com uma força imensurável, e esse rock pesado apenas elevou toda a postura que você assumiu na música, e assim como vários falaram, single!
Foi uma jornada esse álbum! Confesso que me identifiquei bastante com a parte Eve pois me vi muito nela e claramente há todo o seu coração. Durante o álbum você sempre se manteve fiel a quem você é e sobre quem você quer ser, e você também abriu espaço para curar suas feridas, e buscou em lilith uma forma de canalizar e expressar esse seu novo lado, que provavelmente sempre esteve presente, mas omisso por conta das constantes opressões. Eu amei de verdade, é uma viagem, acho até que uma versão visual seria foda porque é um álbum que tecla em 'seja você mesmo' acima de qualquer coisa. Muito parabéns e o site e tudo ficou lindo!!!