OUT Magazine: Matthew Redouf
- Matthew
- 8 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Matthew Redouf iniciou a sua carreira em 2010, lançando singles mais modestos e foi apadrinhado, então, por Yasmin Hudges. Com a segunda versão do seu primeiro álbum, Matthew conquistou o seu #1 com Frozen Like a Lake e logo em seguida atingiu o topo com o single Unconditional Love feat. Yasmin. A carreira de Matthew cresceu aos poucos, mas a partir do seu álbum Exposed, o quinto álbum de estúdio, a carreira dele ficou um tanto quanto desorganizada. O cantor lançou o álbum apenas para os fãs e não divulgou quase nada. Aparentemente, ele estava focando em outras partes de sua vida.
"Eu estava em uma vida de conflitos, tinha filhos para cuidar e uma vida para administrar: eu não sabia se eu estaria no ramo da música por muito tempo, então comecei a investir em outras áreas. Minha marca Megalomaniac cresceu e foi tomando conta do mercado aos poucos. Eu precisava resolver alguns conflitos... Midas Kingdom falou um pouco sobre isso."
Logo após um tempo, a carreira de Matthew continuava sendo falada nos tablóides. A fama às vezes é bem difícil de lidar e muita gente ficou procurando saber o motivo do cantor não aparecer mais com nenhuma namorada, como aquelas tias que perguntam como vai as namoradinhas.
"Confesso que sempre fiquei com ambos os sexos. Não vi necessidade de revelar isso para ninguém, afinal, a minha vida pessoal é minha vida pessoal e meu foco era apenas a música. Porém com o decorrer do tempo, comecei a refletir que eu deveria falar mais sobre isso e sair dessa bolha de que eu não deveria falar. Eu deveria sim agir e fazer mais pela causa. Foi então que eu comecei a fazer as coisas do meu jeito, sem revelar. Em 2011 ajudei ONGs com a temática LGBTQI+ e comecei, a partir dalí, a fazer mais. Em 2012, fundei a minha própria ONG de ajuda aos demais LGBTQI+: a Be Kind. Eu fazia sem ter a necessidade de expor que eu estava ajudando. Em 2016 eu participei de RuPaul's Drag Race com a Sabine e fiz uma parceria financeira com a Ru nos bastidores. Agora em 2019 eu vi realmente a necessidade de expor que além de defensor eu sou da causa."
Eu não posso simplesmente dizer que foi fácil sair do armário. Eu passei pelos bullyings da escola, quando eu estava começando a me descobrir. Eu tinha um jeito diferente dos demais da minha classe e isso era motivo de ataques. Uma parte da minha família é super preconceituosa, então isso foi me fazendo guardar cada vez mais isso. Tentei suicídio. Fui assediado pelo meu professor de natação. Cresci tentando tirar isso tudo de mim. Até que então eu comecei a andar com minhas próprias mãos e chamei minha mãe para conversar. Ela disse que já sabia e que me amava acima de tudo. A partir dalí, as coisas começaram a ser diferentes... Eu estava sendo eu mesmo para a minha família. Faltava ser para a minha vida em público, afinal, cada passo meu é fotografado. Finalmente em 2019 eu estou falando para vocês... E venho pedir que sejam gentis com todos ao seu redor. Você não precisa aceitar, você precisa respeitar e viver sua própria vida.
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