GQ JULY 2020 | Anníbal París
- Raphael Sparrow
- 31 de mai. de 2020
- 2 min de leitura

Annibal Paris é um dos nomes principais no cenário do rap internacional. Sua bagagem é grande e o caminho longo, contando já com alguns anos de carreira. Entre vários processos de honestidade nas suas músicas, parcerias e rodar o mundo todo, levando a sua arte, o artista nos apresentou recentemente um trabalho bastante agressivo e despedido de qualquer freios, líricos, musicais e emocoonais. Em Diablo Road conhecemos Don Diablo, suas maneiras de pensar, seus desabafos, basicamente a sua essência. Nesse mote, Annibal nos leva numa estrada nova, dando a conhecer talvez, o seu lado mais escuro.

Quem é Don Diablo e o que ele representa para o Anníbal?
Don Diablo é a personificação da mídia e tudo o que passamos para poder chegar aonde chegamos. Alguns desistem no caminho, afinal, não é só sua vontade que mantém você no trajeto. Don Diablo sou eu, Don Diablo pode ser você. Eu quis ser eu mesmo nesse álbum, eu quis desabafar tudo o que eu sou, tudo o que eu fiz, tudo o que aconteceu comigo e como me senti com tudo isso. Eu acho que eu consegui mostrar. Esse álbum foi muito gatilhado para mim, mas eu consegui entregar do jeito que eu esperava. Afinal, quem não passa por uma estrada difícil para conseguir o que quer? Apenas os privilegiados, né?
Porque você sentiu essa necessidade de se expressar de maneira mais agressiva?
Eu sou conhecido por ser sincero. Eu sou assim, eu gosto de me expressar diretamente, eu tenho um tom mais direto e que pode soar um tanto quanto agressivo, mas eu precisava mostrar a realidade de tudo isso.
Acredita que foi a maneira correta de poder passar a sua mensagem?
Sim, eu não voltaria nenhuma palavra que eu disse e nem acrescentaria. Eu sei que eu entreguei o que eu queria.

Todo o sucesso que você tem recebido atualmente tem soado estranho a algumas pessoas, como você encara isso?
Cara, desde que eu ganhei mais notoriedade em Dead2Me com a Louise, eu venho notando como funciona na indústria (alô, TED), as pessoas vão te criticar de qualquer forma, vão querer te derrubar, vão querer inventar mentiras. O que eu faço é fazer minha parte, fazer meu trabalho... as pessoas se queimam por suas próprias palavras.
O seu passado pode ter coisas que não pode se orgulhar tanto, de que maneira isso o influência na sua maneira de agir atualmente?
Não, meu passado só influencia de forma positiva. Inclusive, graças a minha mãe me tornei esse homem que eu sou hoje em dia. Nunca desrespeitei ninguém, nunca precisei passar por cima de ninguém. Eu gosto de quem eu sou.
Aonde a estrada que você nos apresentou nos pode levar?
Ao fracasso, muitas vezes. Ao desânimo. À vontade de largar tudo, à vontade de querer apenas deixar tudo te corroer. Mas como tudo... essa estrada tem um fim. Então o fim dela pode ser grandioso sim.
Diablo Road está disponível em todas as plataformas de streaming e venda.


Eu morro que eu não sabia da existência dessa revista, me choquei demais quando tava procurando material para comentar e cheguei aqui. A capa e o shoot, putz, BELÍSSIMA! Anníbal muito bonito né, rei gostoso, com todo respeito a Raven. A entrevista foi na época de lançamento do álbum né, e foi muito interessante saber o que significava Diablo Road e como se deu o processo, quais foram suas inspirações pra o álbum. Morro que citou Dead2Me, imortal mesmo, canção do ano e não se fala mais nisso. Morro que a estrada leva ao fracasso, putz, e vamos de sair do caminho e pegar um atalho. A revista perfeita, antes comentar tarde do que nunca.
Putz a sinceridade chega até as vezes rasgar. Gostei de como foi conduzida a revista as respostas deveras objetivas. Bem curtinha e eficiente. Acho que deu pra ter uma noção enorme aqui sobre o que você falou no Diablo Road e isso foi bom porque só acentuou minha interpretação do álbum. Um desabafo sincero de todo seu caminho até aqui. Gostei bastante da revista e as fotos estão lindas.
AP traz uma entrevista sincerona, falando sobre seu sucesso e de como as pessoas podem ser más na entrevista e também que todas as suas experiências e seu álbum não são coisas fictícias ou conceitos bem estudados, são experiências de toda a sua vida que você transpassou com muita verdade em Don Diablo. Eu amei demais a entrevista, curta mas super deliciosa de ler.
Ai eu amo o Anníbal Páris, é um puta artista completo!
Gostei da definição de Don Diablo mas achava que na verdade fosse um alterego do Anníbal e não uma personificação que pode englobar qualquer pessoa, jurava que era algo mais particular.
Realmente a personalidade forte de Anníbal é uma das coisas que mais admiro nele, sempre muito convicto no que diz e ponto final.
Eu tbm amo o jeito dele de saber como sair de uma saia justa como essa pergunta de ter um passado que pode ter coisas que não se orgulhe. Anníbal é um cavalheiro, ele sabe oq faz.
Amei a entrevista, foi curta mas direta e sincera.